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A crise da arte

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13/07/2017 10h50 – Por: Oscar D’Ambrosio

Além disso, quando se pensa hoje em crise da arte, estaria em jogo uma desvalorização do próprio pensamento sobre o que significa a arte e dos elos estabelecidos, de uma forma cada vez mais profunda, entre a imagem, a cultura de massa e a sociedade industrial. O que passa a ter valor não é o objeto de arte em si, mas o valor financeiro que cada objeto tem.

Uma expressão concreta disso pode ser encontrada nos grandes colecionadores de todo o mundo. Ao mostrarem suas obras, não se referem a elas como trabalhos artísticos, analisando seus elementos intrínsecos, como equilíbrio, cor ou luz. Eles a tratam como “tenho um Portinari”.

O mercado de arte, seguindo essa lógica, vê mais a assinatura do que o trabalho. O curioso é que essa valorização do artista, enquanto produtor do trabalho, sob uma espécie de aureola mística e mesmo mística, remonta ao romantismo. Assim, a crise da arte nos traz à crise do próprio indivíduo. A grande incógnita contemporânea é para onde tudo isso leva…

Colaboração de Oscar D’Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.

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