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Criatividade calculada (Mari Gradilone)

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22/10/2014 08h31

Criatividade calculada

O Brasil é um berço de empreendedores. Mas é preciso que as boas ideias caminhem juntas com um bom orçamento e conhecimento de gestão

Mari Gradilone

O empreendedor é alguém com características especiais. Sabe reconhecer oportunidades, tem disposição para trabalhar duro e por longas jornadas. É um apaixonado pela atividade escolhida e está comprometido com a busca da própria independência. Estudos divulgados recentemente apontam que o brasileiro está cada vez mais inclinado a ter o próprio negócio. Entre os jovens, muitos preferem este caminho a ter um emprego formal. Em uma abordagem geral, o perfil do empreendedor brasileiro é formado por homens de 26 a 35 anos; 50% deles com formação superior e até pós-graduação. No universo feminino, alguns estudos demonstram que em cada dez mulheres, duas sonham ter a própria empresa.

O tempo e a vivência profissional já me provaram, no entanto, que não basta ter vontade e uma boa ideia. Mesmo quem tem um certo capital para iniciar a jornada, sem alguns conhecimentos de administração para conduzir a nova empresa, não é muito garantido que o negócio vá longe. Criatividade é importante, mas ela precisa contar com outros pilares, como o conhecimento orçamentário, uma boa assessoria jurídica e fiscal, bom networking e um business plan compatível com a realidade do mercado.

Quem pretende empreender precisa estar pronto para encarar muitos desafios. Precisa somar à sua vocação outros atributos e ir aprender o que ainda não sabe. Precisa buscar informações sobre diferentes áreas – legislação trabalhista, tributação, relações bancárias e com consumidor, tecnologia, e outras tantas.

Quem escolhe este caminho, em geral, tem um propósito. Sua motivação vem da própria personalidade. Em geral, são pessoas que gostam do desafio, que querem trabalhar com mais liberdade de ação, que têm um projeto que não encontrou espaço para ser realizado nas instituições onde trabalhavam. Em mais de 20 anos como executiva em um segmento no qual acompanho muito de perto pequenos e médios empresários e, claro, empreendedores em seus primeiros passos, sei que contar com uma boa estrutura de apoio e tomar certos cuidados fazem toda a diferença.

Não importa o seu tamanho: organize-se. Quem está começando ou optou por ter uma operação enxuta, precisa ter foco e não pode desperdiçar – nem tempo, nem dinheiro. Avaliar os custos de sua operação e ponderar o que vale a pena e o que agrega valor à sua operação são essenciais.

Na área em que atuo, esse exercício é uma rotina contínua. Como gestora de escritórios virtuais estruturados para prover soluções completas e customizadas aos mais diferentes perfis de clientes, meu desafio é o de pensar e criar espaços funcionais, com serviços de apoio – desde secretárias, estrutura de telefonia, tecnologia, assessoria jurídica e contábil.

Um empreendedor não pode arriscar seu futuro por falta de conhecimento. Precisa reunir boas informações, estabelecer prioridades para os investimentos e formar um time de bons profissionais. E, então, o sucesso virá com certeza.

Mari Gradilone, sócia diretora da Virtual Office

Criatividade calculada (Mari Gradilone)

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