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Campo Grande

Crônica: Quarto Branco

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06/02/2016 17h40

O quarto completamente branco e luxuosamente decorado, fora invadido pelo sol

Vivian Antunes

Quando abri os olhos hoje não reconheci a cama em que estava.

Levantei a cabeça do travesseiro bem devagar, tentando identificar que lugar era aquele.

Será que ontem eu bebi?

E desde quando eu bebo?

Nunca. Eu não bebo.

E como não sei onde estou?

O quarto completamente branco e luxuosamente decorado, fora invadido pelo sol. As janelas abertas deixavam que a brisa entrasse livremente, fazendo com que as cortinas dançassem sem qualquer cerimônia.

A cama, super confortável, estava envolta em lençóis também brancos que tinham uma textura e macies que eram por mim desconhecidos.

Sentei e fiquei apreciando o ambiente.

Só quando comecei a andar pelo quarto, explorando o ambiente, percebi que a camisola que eu usava, preta, longa, finíssima, era muito bonita e sensual.

Cheguei até à janela, e só aí me dei conta que a brisa suave que ditava o ritmo da dança das cortinas, vinha do mar à minha frente.

Nessa hora, já estava tão empolgada com tudo aquilo, que tinha até me esquecido que não fazia a mínima ideia de como fora parar ali.

Ao lado da janela, sobre uma belíssima poltrona, também branca, havia um roupão, vários números maiores que o meu. Peguei, tentando identificar de quem poderia ser e nele senti um delicioso e conhecido perfume.

Meu coração acelerou.

Nesse instante ouvi o barulho de água. Era o chuveiro.

Enquanto caminhava em direção ao banheiro o som da água caindo no piso foi se modificando lentamente.

Quanto mais perto chegava mais diferente e familiar ele ficava, até que de repente, por apenas um ou dois segundos eu o reconheci.

No instante em que me lembrei que barulho era aquele que eu confundira com a água do chuveiro caindo no chão, naquele exato instante, eu acordei.

Maldito despertador!

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