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É preciso democratizar o celular 4G (Bertolino Almeida)

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24/07/2014 06h51

É preciso democratizar o celular 4G

A questão principal de difusão da cobertura 4G é a falta de expansão da rede.

Bertolino Almeida

A tecnologia 4G chegou ao país em abril de 2013 mas ainda está longe de beneficiar a maioria dos brasileiros, já que a sua cobertura ainda é muito falha. Está presente em pouco mais de cem municípios, sendo restrita às capitais (quase todas) e algumas cidades.

A questão principal de difusão da cobertura 4G é a falta de expansão da rede. A política de telecomunicações brasileira é concentradora. A Anatel mira as gigantes do setor e parece não olhar para as operadoras menores, que podem contribuir em larga escala para a melhoria do serviço.

O Brasil já tem rede de fibra óptica implantada suficiente para distribuir a banda, falta apenas promover essa expansão; mas se for colocada em prática a distribuição na ponta para cidades e regiões menos populosas, esse mercado vai ficar para os provedores de internet locais, já que as grandes operadoras não terão tempo nem estrutura para vencer essa corrida. Assim, o Governo segura politicamente essa solução enquanto as grandes operadoras vão crescendo suas redes e estruturas próprias, para também ocupar esses espaços e manter o oligopólio das telecomunicações.

As grandes operadoras priorizam investimentos em áreas de grande concentração populacional e, mesmo assim, de maneira deficiente. A proposta das pequenas operadoras é levar acesso rápido a redes móveis principalmente de cidades de pequeno e médio portes. Lembro que Telecomunicações é um dos setores estratégicos do país, fundamental para o crescimento de inúmeras cidades Brasil afora.

Atualmente, as redes 4G utilizam os mesmos locais (sites) onde já estão instalados os equipamentos e antenas das tecnologias 3G e 2G. Além disso, mesmo onde já existe cobertura, a 4G vem sendo usada em uma frequência mais alta (2,5 GHz), o que gera maior perda na propagação do sinal que as outras tecnologias e, também por isso, sua área de cobertura é menor. Com isso, aumentam as “zonas de sombra” que levam o celular a alternar sua conexão entre 4G, 3G+ ou 3G. Precisamos também utilizar a frequência de 700 MHz.

De acordo com a Anatel, são 123,63 milhões de smartphones, modens e tablets no país, mas apenas 2,83 milhões utilizam tecnologia 4G. Para expandir e permitir conexão rápida a mais usuários no Brasil, é preciso que o governo reveja sua política de telecomunicações olhando para as pequenas e medias teles, pois em alguns casos, elas podem apresentar melhores e mais rápidas soluções.

Bertolino Almeida é CEO da Minas Mais Telecom (www.minasmais.com.br)

É preciso democratizar o celular 4G (Bertolino Almeida)

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