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Livros para crianças em feiras

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06/11/2017 12h15 – Por: Luiz Carlos Amorim

Tenho falado repetidas vezes nas feiras do livro. Mas, a propósito de algumas feiras do livro que estão acontecendo e acontecerão, ainda, neste final de ano, como a de Florianópolis, nunca é demais discutirmos sobre o reflexo delas na sociedade, notadamente sobre os leitores em formação.

A cada grande feira, como a de São Paulo, a do Rio, a de Porto Alegre, podemos constatar que crescem as opções referentes à Literatura Infantil. E a cada final de feira verifica-se que o gênero que mais vende é o da Literatura Infantil e Infanto-juvenil. Provavelmente porque os livros infantis são mais baratos. Pode ser.

As feiras e bienais do livro realmente tem privilegiado a literatura infantil e infanto-juvenil e é importante que isto aconteça, porque temos de dar prioridade ao leitor em formação. Precisamos oferecer cada vez mais livros para crianças, de todos os tamanhos, cores e formatos, de texturas e até mídias diferentes, avulsos, em pacotes ou pequenas coleções.

E os eventos literários como feiras, bienais e festivais literários têm oferecido quantidade e variedade no gênero infantil e infanto-juvenil, tanto os clássicos como a produção contemporânea, pois temos ótimos autores, além das produções importadas. Há livros de contos e fábulas do tamanho de um CD e há livros gigantes, do tamanho de um jornal. Há livros infantis para todos os gostos e bolsos.

E vendem, vendem muito. Eu, que não tenho mais filhos pequenos, compro livros infantis para dar de presente a sobrinhos e filhos de amigos. Vê-se, nas feiras e bienais, crianças em companhia da família, crianças levadas pelas escolas, até crianças muito pequenas, que provavelmente nem sabem ler ainda, com moedas e notas de um real escolhendo, elas mesmas, o livro que vão comprar. Até meninos de rua fazem-se presentes, contabilizando trocados para comprar o seu livro – o primeiro, talvez.

Sim, é verdade, os livros infantis vendem também porque são baratos. Mas quando do resultado final das feiras, a quantidade vendida desses livros é bastante expressiva em relação aos outros gêneros.E se o livro infantil pode ser vendido mais barato, por que os outros não podem? Reconheço que os livros infantis têm menor número de páginas, mas em contrapartida têm muito mais cores – isto significa mais impressões, maior custo. E sabemos que, por venderem mais, as tiragens são maiores, o que faz com que o preço da unidade possa ser menor.

Mas vemos, também que outros livros, de literatura clássica e contemporânea, são publicados em grandes tiragens para serem vendidos em bancas de jornais e revistas, por preços bem mais convidativos do que aqueles que são cobrados nas livrarias pelas edições “convencionais” das mesmas obras. Isto significa que há alternativas para colocar o livro – não só o infantil – ao alcance de todos os leitores.

Destacamos o quanto as grandes feiras (e por que não as pequenas?) de livros têm nas crianças, esses leitores em potencial, o seu principal alvo, porque é por eles que devemos começar, para que se leia mais neste país: precisamos colocar livros nas mãos das crianças, desde a mais tenra idade, para que elas aprendam a gostar de ler.

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, que completa 37 anos de literatura neste ano de 2017. Cadeira 19 da Academia Sulbrasileira de Letras. Http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

Luiz Carlos Amorim

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