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Nossas cicatrizes (João Bosco Leal)

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26/10/2013 06h11

Nossas cicatrizes

Homens ou mulheres, os bem sucedidos serão admirados, enquanto aqueles que não se saíram bem serão praticamente ignorados pela sociedade

João Bosco Leal

O tombo quando engatinhava provocou um pequeno corte no queixo da criança. Foi a primeira das muitas cicatrizes que seriam adquiridas ao longo de sua vida.

Depois de aprender a caminhar ela começou a correr, brincar de esconde-esconde, pega-pega, queimada, quando ocorreram novas quedas e surgiram novas marcas, algumas pequenas que logo sumiram e outras maiores, que permaneceram em seu corpo por muito tempo ou mesmo por toda a vida.

Além daquelas surgidas das mais diversas experiências ao longo da vida, as pessoas também adquirem outro tipo de cicatriz, bem mais profundas, não aparentes, provocadas pelas dores emocionais.

Logo nos primeiros anos de escola, quando inicia sua convivência social com outras crianças da mesma faixa etária, ela se decepciona quando têm sua primeira demonstração de interesse – realizada com os olhares ainda tímidos – ou a primeira paixão, não correspondida.

Na escalação da equipe de futebol, vôlei, basquete ou de natação, quando foi preterida por outra pessoa, ocorre uma nova frustração que também deixa marcas, mais ou menos profundas, dependendo da personalidade já adquirida por cada um.

Os resultados obtidos nas disputas, jogos, notas e provas escolares começam a provocar nos indivíduos, um senso de reconhecimento da própria capacidade que se refletirá em vários outros setores, como na carreira profissional e consequentemente no sucesso, pois todos são o resultado dos seus erros e acertos, das palavras que trocaram, do que viram, se lembram ou esqueceram.

João Bosco Leal

Nossas cicatrizes (João Bosco Leal)

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