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Tá no agro, tá favorável

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31/05/2016 12h16

Temos observado muitos bons executivos disponíveis com interesse em atuar no agronegócio

Leonardo Massuda

Independente
de mudanças no Governo Federal, fato é que a crise econômica ainda produzirá
marcas negativas nos balanços das empresas e no próprio PIB nacional. É sabido
também que o agronegócio continua, períodos mais outros menos, sendo o
principal aporte produtivo do país. Assim, garante vagas de trabalho no mercado
executivo, sobretudo em Estados produtores de grãos, como Rio Grande do Sul,
Goiás e Mato Grosso do Sul.

Fazendo
uma leitura dos processos seletivos conduzidos pelo Fesap Group de 2013 até o
momento, tenho observado que grande parte dessas oportunidades é oriunda das
áreas financeira, engenharia, RH, comercial e supply chain, que representaram
69% dos projetos voltados ao agronegócio neste período. Realidade essa que deve
se manter no segundo semestre de 2016.

Esses
índices têm um fundamento, principalmente se falarmos das posições de finanças
e de engenharia, que responderam por 23% e 20% dos projetos, respectivamente. A
chegada de novos grupos no mercado brasileiro gera contratações de CEOs, além
da troca de comando em algumas companhias já presentes que passam por fusões ou
aquisições. Essa expansão dos investimentos multinacionais, portanto, tem
potencializado a relevância posições mais técnicas dentro das organizações, que
são responsáveis por uma gerência exata do negócio.

Estamos
falando de toda a cadeia agro, que vai desde a produção de sementes, maquinários,
fertilizantes, colheita, beneficiamento, até a chegada ao consumidor final,
envolvendo áreas-chaves como distribuição e armazenagem, varejo tradicional,
atacado direto, varejo de massa, mercado de food service, etc.

Essa
rede está cada vez mais interligada com a operação de outros países, seja pela
presença das multinacionais ou pela destinação dos nossos produtos a outros
continentes. Por isso, crescem as demandas por profissionais que tenham visão
global do negócio, conhecimento específico do setor, domínio do inglês e que,
ao mesmo tempo, tragam a simplicidade do campo na hora de se relacionar.
Trabalhar essa equação tem sido um grande desafio.

Por
outro lado, neste momento de mercado, temos observado muitos bons executivos
disponíveis com interesse em atuar no agronegócio. Para áreas direcionadas ao backoffice,
conseguimos agregar a vinda de profissionais que trazem expertises positivas de
outros setores. Já quando tratamos de áreas ligadas ao campo, é essencial uma
formação em agronomia, veterinária ou zootécnica, preferencialmente com um
histórico de atuação no setor.

Em
suma, contratar para o agronegócio é uma atividade desafiadora por natureza,
pois apesar de ser um segmento promissor, muitas cadeiras estão estabelecidas
fora do eixo Rio-São Paulo, como o interior do Centro-Oeste e Matopiba.

A
maior resistência dos profissionais tem sido realmente a troca de suas
metrópoles por cidades interioranas. Levar um executivo para outro centro quase
nunca é uma questão individual, mas sim coletiva, pois envolve a mudança da
família. Seguimos com o ditado “Happy wife, happy life”, e o inverso
também é verdadeiro.

Leonardo Massuda é Sócio Consultor do Fesap Group, consultoria de executive
search e de estratégia de capital humano. Representa as marcas Fesa, Asap e
Fesa Advisory.

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