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EAD cresceu 17,6% no Brasil em 2017, diz Inep

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22/10/2018 10h09

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou no começo de outubro que as matrículas em cursos de graduação EAD no Brasil cresceram 17,6% em 2017 — o maior salto desde 2008, segundo a entidade.

Em outras palavras, a cada cinco universitários brasileiros, um deles estuda à distância hoje no país. Levando em conta o total de estudantes de ensino superior do Brasil, 8,3 milhões, o volume de alunos EAD é de 21,2% — ou um universo de 1,8 milhão de pessoas.

O Inep também afirmou que as instituições também passaram a oferecer mais cursos a distância entre 2016 e 2017, passando de 1.662 ofertas para 2.108 — uma expansão de 26,8%. Crescimento maior só havia acontecido entre 2008 e 2009, quando o Brasil foi de 647 para 844 cursos.

Na contramão da expansão do setor EAD, o número de estudantes nos presenciais caiu 0,4% de 2016 para 2017, de acordo com o relatório do Inep. A maioria deles, ou 75,3% das matrículas, está nas instituições privadas. Além disso, o instituto afirmou que 3,2 milhões de novos universitários foram registrados em 2017 no país — a maioria deles em cursos presenciais.

Na mesma direção, o número de professores formados em cursos EAD aumentou no ano passado. De acordo com o Inep, 42,1% das matrículas feitas em 2016 em licenciaturas eram EAD, percentual que foi para 46,8% em 2017.

“EAD ou presencial, ambas as modalidades são possíveis e importantes, considerando a realidade, a forma de acesso. Mas é importante também que trabalhe sempre dentro de uma perspectiva de qualidade seja ela presencial ou a distância, observada a regulação”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares, no ato da publicação da pesquisa.

Ele ainda afirmou ser necessário ampliar o setor de ensino superior, porque, apesar dos números positivos, o Brasil tem 8,9 milhões de jovens de 18 a 24 anos que terminaram o ensino médio e não estão estudando atualmente

“Não estão cursando um curso superior, seja ele tecnológico, seja licenciatura ou bacharelado. Nós precisamos avançar em acesso”, concluiu.

Os dados corroboram os dados da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), que publicou em abril que o número de cursos técnicos a distância oferecidos por instituições de ensino brasileiras duplicou em um período de 10 anos: de 66 em 2006 para 219 no ano passado — um crescimento real de 213%.

“A presença massiva de cursos técnicos e profissionalizantes, e mesmo das licenciaturas, reforça o valor do EAD para atender a demandas práticas de educação com resultados rápidos e perceptíveis na empregabilidade”, diz um trecho do relatório da entidade.

Para o diretor de relações internacionais da entidade, Stavros Panagiotis, os cursos técnicos atraem alunos com “pressa”. “A maior concentração de alunos está nos cursos que oferecem oportunidades de ingresso em novas profissões que exigem formação: os cursos tecnológico, de licenciatura e iniciação profissional são aqueles com mais alunos em cursos a distância no Brasil”, explica.

“Essa formação para a nova profissão pode ser estimulada pelas corporações ou pela livre adesão pelos alunos em cursos regulamentados e livres”, finaliza.

Assessoria de Comunicação

Crédito: divulgação

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