21/11/2017 07h17
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que reforçam uma realidade herdada de séculos de escravidão no país: a situação dos negros no mercado de trabalho é mais desfavorável que a dos brancos, desde o acesso a empregos, quanto à remuneração paga. Os dados do IBGE divulgados na última sexta-feira, 17.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre deste ano, dos 13 milhões de desempregados no país, 8,3 milhões (63,7%) eram pretos ou pardos. E quando consegue um emprego, esta população chega a receber 55% a menos (R$1.531) que a população branca (R$ 2.757).
Os dados divulgados pelo IBGE contrastam com o fato de que mais da metade dos trabalhadores brasileiros (53%) tem a cor da pele preta ou parda e que estes são minoria na ocupação de postos de trabalho.
Quando se analisa o ambiente executivo e de gestão, os números ficam ainda mais alarmantes. Nas 500 maiores empresas do país, há apenas 4,7% de negros em cargos executivos. E nas empresas que estimulam a diversidade no seu quadro de funcionários, apenas 8% possuem políticas voltadas para negros, revelou uma pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Ethos.
Com informações do G1 e do IBGE
