21.8 C
Campo Grande

Apenas 11 das 79 cidades de MS contam com legistas

- Publicidade -

21/04/2014 10h06

Família de jovem teve que esperar 22 horas para realizar velório

Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, apenas 11 dispõem de Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), onde são feitos exames periciais e os necroscópicos para a liberação de corpos, conforme matéria desta segunda-feira(21), no jornal Correio do Estado. A situação expõe a fragilidade de todo o sistema, com as famílias do interior aguardando horas para o sepultamento. Além de poucas unidades, as que estão em funcionamento sofrem com a falta de equipamentos, como câmara fria, para conservação dos corpos.

Na semana passada, uma adolescente de 15 anos, morreu em Nova Andradina, distante 297 km da Capital, mas, só foi velada 22 horas depois, em razão da falta de médico legista.

O problema aconteceu porque o Imol em Nova Andradina, contava apenas com o médico legista Omar Ferreira Miguel, que estava de folga no dia da morte da adolescente. Ele pediu demissão após a polêmica do caso, alegando sobrecarga de serviço.

No dia, apareceu na cidade o governador André Puccinelli, do PMDB, que participava de solenidade política, justo na hora do enterro da garota. Puccinelli foi cobrado da população, que chamou o médico de “vagabundo”. A Associação dos Peritos Oficiais de MS (APO/MS), saiu em defesa do médico Omar. Para o presidente da entidade, Antônio César Moreira de Oliveira, seria preciso no mínimo quatro médicos para manter a escala de plantão, em cada unidade regional. Além disso, falta a interiorização da perícia criminal com instalação de mais unidades, para desafogar o atendimento nos poucos municípios que dispõem de Imol. Isso, sem falar na necessidade de mais equipamentos, além da reforma dos prédios. A reportagem é assinada por Rafael Bueno.

Correiodoestado*

Apenas 11 das 79 cidades de MS contam com legistasFoto: Márcio Rogério/Nova News“/>

Leia também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade-