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Confecção de roupas em crochê é oportunidade para detentas

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06/07/2015 13h17

Confecção de roupas em crochê é oportunidade profissional para detentas de Campo Grande

Os pontos perfeitos e as modelagens, que poderão garantir o sustento pessoal e da família quando conquistarem a liberdade

Com linhas e agulhas nas mãos, reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi, na Capital, sonham com uma profissão digna, longe do mundo crime. Os pontos perfeitos e as modelagens, que poderão garantir o sustento pessoal e da família quando conquistarem a liberdade, são possíveis graças a uma capacitação que está sendo oferecida a mulheres que já trabalham com a produção de artesanato no presídio.

O curso conta com a participação de 16 internas e acontece por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Fundação Social do Trabalho (Funsat). A intenção é que as participantes possam utilizar o conhecimento adquirido como uma opção profissional, ou mesmo como complemento de renda.

Com 56 horas aula, a qualificação envolve desde a noção de tamanhos à estrutura do vestuário. “Como elas já têm conhecimento de crochê, focamos na confecção em si”, explica a instrutora da Funsat, Arlete Televatti Ferreira, destacando que as alunas trabalham com linha, barbante e lã. “Tem como elas conseguirem uma boa renda com esse trabalho, isso vai depender da beleza e acabamento das peças”, comenta.

De acordo com a diretora do Estabelecimento Penal, Mari Jane Boleti Carrilho, a escolha por custodiadas que já trabalham com crochê no presídio para participar da qualificação objetivou, garantir a efetividade no aprendizado, além de aperfeiçoar e ampliar as oportunidades das participantes.

Gianne Valadares Amorin, 47 anos, é uma das capacitadas e já faz planos com o que aprendeu no curso de confecção de vestuário em crochê. “Quero trabalhar mais com roupinhas e peças para bebês, acredito que têm mais saída”, afirma. Segundo ela, o trabalho será um complemento de outras atividades que pretende executar quando estiver em liberdade. “Aqui no presídio eu fiz curso de cabeleireira, manicure, depilação e maquiagem. Vou fazer essas roupinhas e deixar expostas para as clientes no meu salão, que vou tocar junto com a minha irmã”, planeja. “É uma porta que está aberta”, finaliza.

Além do curso foi oferecido às detentas um ciclo de três palestras, ministradas pela professora Malvina Marta Arruda, com temas voltados ao mercado de trabalho e relação interpessoal.

Agepen

Confecção de roupas em crochê é oportunidade para detentas

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