01/04/2015 16h33

Fórum Perinatal reúne mais de 80 pessoas para debater acolhimento de gestantes na Rede Pública

A intenção é criar um grupo permanente de trabalho para colaborar na promoção do acesso à saúde de qualidade

Mais de 80 profissionais da saúde e com atuação na defesa dos direitos direitos humanos de diversos segmentos participaram nesta terça-feira (31) do I Fórum Perinatal de Campo Grande, realizado na Maternidade Cândido Mariano. O objetivo do encontro foi debater o acolhimento da Gestante na Rede Pública de Saúde Pública. A ação é uma realização da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), por meio dos técnicos da Saúde da Criança e da Mulher, profissionais que conduzem o Programa Rede Cegonha em Campo Grande.

A intenção é criar um grupo permanente de trabalho para colaborar na promoção do acesso à saúde de qualidade e reduzir índices de mortalidade materna e infantil.

Segundo Kelma Medida Medeiros, técnica da Saúde da Criança, a ideia é promover um espaço coletivo e plural, onde o assunto principal é a saúde da mãe e do bebê desde a descoberta da gestação. “A partir dessas discussões estaremos em contato com a realidade da população, de forma a aprimorar o acolhimento dessas futuras mamães, garantindo também a saúde do bebê, com acesso à saúde de qualidade do pré-natal, durante toda a gestação, pós-parto e acompanhamento infantil nos primeiros dois anos de vida do bebê”, explica Kelma.

Para a apoiadora do programa Rede Cegonha pelo Ministério da Saúde, Ângela Rios, o Fórum pode contribuir para evidenciar o que precisa ser melhorado na rede e assim qualificar o serviço prestado pelo município e de forma a reduzir os índices de mortalidade materna e infantil. “Nos últimos anos, a mortalidade de gestantes e de bebês recém-nascidos caiu consideravelmente e isso é o reflexo do acesso à saúde, da implantação do Rede Cegonha, que oferece todo o atendimento à gestante e ao bebê, em seus primeiros dias de vida”, reforça.

Iniciativa

A Sesau oferece, por meio dos Agentes Acolhedores e Programa Rede Cegonha, toda a estrutura necessária para a gestante e seu bebê. Desde a primeira consulta e confirmação da gestação, onde são ofertados imediatamente todos os exames necessários, até as primeiras consultas do neném.

Participaram do Fórum representantes da Secretaria Municipal de Saúde, conselhos, profissionais da saúde, representantes da Defensoria Pública, Ministério Público, Promotoria da Justiça, sociedade civil, entre outros.
Estatísticas.

De acordo com a Diretoria de Assistência à Saúde da Sesau, no último levantamento sobre mortalidade neonatal, Campo Grande apresentou a menor taxa da história em morte de recém-nascidos, com registro de 8,55 para cada mil nascidos vivos, uma redução de cinco pontos em relação à taxa de 13,56 registrada em 2005, assim como as gestantes, que também representam menor índice da história em mortalidade materna, com redução de 66,6% entre 2013 e 2014. As principais causas de morte materna são hipertensão, infecções, abortos e hemorragias, sendo que cerca de “80% desses óbitos poderiam ser evitados se houvesse acompanhamento adequado durante a gestação”, explica o ginecologista Paulo Ito.

Fonte/Autor: Assessoria de Imprensa