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Mulheres narram experiências de vida e a vitória de conquistar a casa própria

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06/03/2015 12h38

Mulheres reassentadas no Residencial José Maksoud narram experiências de vida e a vitória de conquistar a casa própria

Os relatos se cruzam em meio à batalha pela conquista da dignidade e da possibilidade de evoluírem em todos os aspectos de suas vidas.

Três mulheres, três histórias diferentes e algo em comum: todas moraram durante anos em antigas favelas localizadas no bairro Moreninha IV. Os relatos se cruzam em meio à batalha pela conquista da dignidade e da possibilidade de evoluírem em todos os aspectos de suas vidas. Uma dessas conquistas, talvez a mais significativa diante dos depoimentos, foi o fato de todas terem recebido o benefício da casa própria e, assim, serem reassentadas no Residencial José Maksoud, entregue em dezembro de 2014.

“Faria o impossível pelas minhas filhas”, disse Crisleide Silva de Oliveira, uma jovem de 26 anos, mãe de duas meninas, viúva e chefe de família. A nova moradora do residencial entregue pela Prefeitura de Campo Grande, por intermédio da EMHA, em parceria com o Governo do Estado e recursos do governo federal, hoje tem motivos para comemorar. Porém, há cerca de cinco anos, após a perda do marido, Crisleide desenvolveu uma profunda depressão e não tinha mais vontade de viver.

“Eu e meu marido brigávamos demais. Ele era um excelente pai, mas como marido deixava a desejar. Em meio a tantos problemas, resolvi que era hora de me separar dele. Nós morávamos numa casa invadida no Mário Covas. Mesmo assim, eu tinha insegurança dentro e fora de casa o tempo todo. Nessa época, ele morreu num acidente de moto e aquilo me afetou profundamente”.

A jovem chefe de família conta que de repente se viu sozinha para prover, cuidar da moradia insalubre e da então filha única. Não suportou a dor da morte de seu companheiro e se envolveu com bebidas e entorpecentes. Engravidou novamente de outra menina, hoje com um ano e oito meses. Crisleide conta que veio de uma família já desestruturada e, após anos de luta, decidiu que não queria que sua história se repetisse com as filhas e conseguiu o benefício da moradia popular. “Hoje, eu me vejo dentro da minha casa, cuidando das minhas filhas e sinto que há um futuro tanto para mim quanto para elas. Agradeço à EMHA por ter sido tão importante na minha vida.”

Tranquilidade – Da mesma insegurança, Patrícia Damas Félix, casada, 28 e mãe de um bebê com oito meses, compartilhou enquanto morou na favela Colibri. De acordo com a moradora do José Maksoud, ela e sua família sofriam quando havia chuvas fortes na Capital, além da tensão de morar ao lado de um ponto de venda de drogas.

“Tinha vezes que saía tiro e muita gritaria. Corria para proteger meu bebê que ainda estava na minha barriga. Não foi fácil, foi uma época de muita luta e hoje eu posso deixar meu filho brincar em frente à minha casa, sem me preocupar com bandidos. Outra conquista foi a implantação da linha do ônibus na rua da minha casa”, conta satisfeita.

Mulher e líder – Dona Olga da Silva, 56, já cuidou dos três filhos, todos com mais de 30 anos e hoje mora sozinha no residencial José Maksoud. Contudo, sempre envolvida nos projetos sociais e de melhorias no conjunto habitacional, a auxiliar de limpeza participou de cursos de capacitação de lideranças promovidos pela EMHA e vê perspectivas positivas para o futuro.

“Eu me considero uma líder. As pessoas me escutam e conheço muita gente aqui no residencial. Sempre lutei para arrecadar verduras, alimentos e roupas para as mulheres daqui. A maioria são chefes de família que precisam desse apoio para melhorar as suas vidas e de seus filhos. Agora, lutamos para construir mais escolas e creches aqui perto. Mas, sem dúvida, a existência desse residencial transformou as nossas vidas e agradecemos ao poder público, sobretudo às assistentes sociais da EMHA que sempre foram muito solícitas e nos ajudaram a conquistar esse sonho”, ressaltou dona Olga.

Reconhecimento – Para o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação de Campo Grande, Enéas José de Carvalho Netto, a luta dessas mulheres não têm sido em vão. “Hoje, as mulheres, chefes de família e com maior quantidade de filhos menores de 14 anos possuem prioridade na seleção feita pela equipe técnica social da EMHA. Elas merecem o seu devido valor, pois são batalhadoras e realmente possuem a força e capacidade de mudar não só a sua própria história, bem como a de seus filhos. Nós as parabenizamos pelo Dia Internacional da Mulher”, concluiu.

Investimento e estrutura – A construção do conjunto habitacional José Maksoud é resultado de uma parceria entre o governo federal, no âmbito do PAC 2, com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida, Prefeitura de Campo Grande (EMHA) e Caixa Econômica Federal.

Foram investidos R$ 27.817.897,63, sendo: R$ 23.136.000,00 de recursos federais (FAR), R$ 430.426,95 da Contrapartida Externa (OGU) e R$ 4.251.470,68 da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Fonte/Autor: Assessoria de Imprensa

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