31/01/2015 14h19
Ainda que a apuração esteja em andamento, o prefeito confirma que mantém suspenso contrato da empresa Selco Engenharia.
Após a repercussão nacional do vídeo feito por um porteiro sobre a operação para tapar um buraco inexistente, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), denunciou “fraude” na filmagem e anunciou que vai solicitar perícia. Ele disse, na manhã desta sexta-feira(30), que uma equipe de engenheiro viu irregularidade no vídeo sobre o tapa-buraco na Rua Jornalista Marcos Fernandes Hugo Rodrigues, no Parque dos Poderes. Visita com engenheiros no local, conforme o progressista, levantou “irregularidades” que ele evita citar.
“As pessoas estão fazendo julgamento precipitado e condenando a empresa. O vídeo foi veiculado sem análise para determinar se é legítimo ou não. Estive ontem no local com engenheiros do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e levantei algumas irregularidades, que não vou falar agora”, comentou Olarte, durante visita a obras de UTR (Usina de Tratamentos de Resíduos), no bairro Dom Antônio Barbosa.
Ainda que a apuração esteja em andamento, o prefeito confirma que mantém suspenso contrato da empresa Selco Engenharia.
Conforme a empresa, o funcionário flagrado realizando tapa buraco sem necessidade foi demitido por ter agido com “dolo e má fé”. Esta também ressaltou, em nota divulgada a imprensa, que “nunca orientou o funcionário a agir da referida maneira e que condena a prática, estando tomando todas as medidas ao seu alcance para a correta punição e assegurar que fatos lamentáveis como esse não voltem a ocorrer”.
Somente em 2015, o serviço de recapeamento deverá movimentar R$ 137,4 milhões em Campo Grande. Hoje, Olarte ainda afirmou que a prefeitura trabalha na redução de custos e conseguiu cortar o gasto de manutenção da frota em 50%, além de 30% no combustível.
Buraco fantasma – O caso ganhou repercussão após divulgação de vídeo, na quarta-feira (28), realizado com o celular do porteiro de um condomínio de alto padrão, Eder Palermo, 39 anos. Nas imagens do circuito interno de segurança, um funcionário cobre parte do asfalto com material para recapeamento sem necessidade.
“Como gravei do circuito interno, que é de responsabilidade do condomínio, eu precisei de autorização. Daí publiquei no Youtube, Facebook e Whatsapp”, contou Eder.
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Foto: Marcelo Calazans“/>