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Campo Grande

Relatório aponta falha humana em mortes após quimioterapia em MS

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31/08/2014 03h06

Resultado foi apresentado por comissão de investigação da Santa Casa. Inquérito apura casos de pessoas que apresentaram reações no tratamento.

O relatório com resultados sobre a investigação das mortes de pacientes durante tratamento quimioterápico foi divulgado nesta sexta-feira (29) pela Santa Casa de Campo Grande. O relatório apontou como possível causa das mortes falha no processo de preparação dos medicamentos, que resultou em superdosagem, ou troca de medicamentos no momento da manipulação.

De acordo com a presidente da comissão de investigação de óbitos, Priscila Alexandrino, o documento descartou a possibilidade de problemas no lote e no transporte e armazenamento dos produtos.

“Verificamos que houve um dia que todos os pacientes fizeram a medicação. A manipulação foi naquele dia, então a hipótese mais provável é que tenha ocorrido falha humana nesse processo”, disse.

Com a conclusão dos trabalhos, a Santa Casa encerrou as investigações internas sobre o caso. Uma cópia do relatório será entregue à Polícia Civil, que já abriu quatro inquéritos para apurar o que provocou as reações dos pacientes.

O diretor-presidente da Santa Cassa, Wilson Teslenco, disse que é necessárioo laudo pericial para confirmar ou descartar a hipótese de falha. “Carece de fundamentação material para isso, através da perícia do material que foi coletado com a exumação dos cadáveres e não há um tempo estabelecido para isso”, explicou.

A delegada responsável pelo inquérito, Ana Cláudia Medina, encaminhou o caso ao Ministério Público Estadual (MPE) e pediu à Justiça mais 30 dias para continuar as investigações.

Casos

As investigaçõs sobre os primeiros casos registrados começaram há 22 dias. Carmem Insfran, Norotilde Greco e Maria Glória morreram entre os dias 10 e 12 de julho, depois de passarem por sessões de quimioterapia na Santa Casa, entre os dias 24 e 28 de junho.

As famílias das pacientes questionaram os procedimentos do setor de oncologia depois das mortes.

Suspensão

Segundo a Santa Casa, após as mortes, os lotes dos medicamentos cinco fluorouacil e ácido folínico, usados no tratamento das pacientes, foram suspensos no hospital.

Uma bioquímica já foi contratada para assumir o serviço de manipulação dos remédios e já começou a trabalhar. No período de suspensão, o serviço foi feito no Hospital de Câncer.

Técnicos Anvisa

Entre os dias 21 e 25 de julho, quatro técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estiveram na Santa Casa para investigar as mortes.

Contrato suspenso

No dia 25, o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, Wilson Teslenco, anunciou a suspensão do contrato com a empresa responsável pela oncologia na unidade.

No dia 21 de agosto, Teslenco anunciou o fechamento do setor de oncologia da Santa Casa. Segundo ele, a medida já estava prevista antes das mortes por pacientes que tiveram reações a medicamentos de quimioterapia.

Fonte: G1 MS com informações da TV Morena

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