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Campo Grande

Vereador Carlão preside Audiência Pública sobre Segurança Pública na Capital

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28/08/2014 14h25

Vereador Carlão preside audiência sobre Segurança e destaca discrepância nos dados da Sejusp e a incidência de roubos

Durante a Audiência todos os representantes da Segurança Pública apontaram a legislação como uma das principais causas da impunidade.

Como presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública da Câmara Municipal o vereador Carlos Augusto Borges (Carlão PSB), presidiu Audiência Pública na manhã desta quarta-feira (27) que debateu o aumento no número de assaltos em comércios e em residências na Capital. Carlão destacou as informações do Superintendente estadual de Segurança Pública, delegado André Matsushita, representando o Secretário de Justiça e Segurança Pública – Wantuir Jacini, dando conta da redução dos índices de roubos, em comparação ao primeiro semestre de 2013. Conforme os dados da secretaria, houve uma redução em 23% no número de roubos em comércios e residências na Região Segredo, no Prosa 29,4% a menos, Bandeira 14% a menos, Anhanduizinho 41% a menos e Lagoa 2,5% a menos.

“Existe uma discrepância nos números apresentados pela Sejusp e aquilo vemos sendo divulgado na imprensa diariamente e percebemos nos bairros da Capital. Isso quer dizer que a população, comerciantes e empresários, já não estão mais fazendo registros dos crimes dos quais são vítimas. O que também demonstra um descrédito por parte da população para com o trabalho da polícia. Essa situação precisa ser combatida. Já que as políticas de segurança se baseiam em dados estatísticos. Nosso papel como legisladores é fomentar a sociedade campo-grandense a fazer esses Boletins de Ocorrência e assim possamos combater a ação dos marginais”, ponderou Carlão ao término da Audiência.

Carlão também afirmou que a Comissão fará um Ofício que será encaminhado a todos os Conselhos de Segurança Comunitária para ajudar na mobilização.

A falta de efetivo e viaturas foi apontado pelo Presidente do Conselho de Segurança do Centro, Adelaido Luis Vila, como uma das causas da onda de violência que se instaurou na cidade. Adelaide afirmou que o déficit de policiais em Campo Grande passa de 1.500. “A ONU preconiza como ideal a existência de um policial para cada morador. E Hoje em Campo Grande são 365 habitantes para cada policial”, disse Adelaido.

Já o Coronel Paulo Cesar Monteiro Ayres, Comandante do Policiamento Metropolitano da Polícia Militar, que representou o Comandante Geral da PM – Coronel Valter Godoy Rojas, ressaltou que nos últimos 30 dias a PM realizou 616 prisões. Destes 277 já possuíam mandado de prisão. Foram apreendidas 130 armas de fogo e 11 mil veículos foram vistoriados. Além de sete mil pessoas abordadas para averiguação.

“Sabemos que temos nos esforçado, mas que os crimes crescem em uma medida assustadora. O aumento no número de furtos é falta de prevenção e é reflexo do aumento dos usuários de drogas, que para sustentar o vício, cometem pequenos furtos”, disse Ayres.

JUSTIÇA

Durante a Audiência todos os representantes da Segurança Pública apontaram a legislação como uma das principais causas da impunidade. O Superintendente estadual de Segurança Pública, delegado André Matsushita, ponderou que desde 2011 uma Lei federal determina que para manter os suspeitos presos em flagrante delito a Polícia Civil precisa apresentar provas no prazo de 24 horas e encaminhar ao Juiz que definirá sobre a prisão preventiva dos suspeitos. Esse prazo antes de 2011 era de 10 dias.

“É praticamente impossível, com a demanda de crimes que acontecem diariamente, conseguirmos cumprir o prazo. Então o assaltante que é preso hoje em flagrante, em 24 horas é solto e responde em liberdade. A sensação de impunidade só aumenta. Mas essa Lei foi votada por nossa bancada federal e aprovada pelo Congresso Nacional. Ninguém nem ficou sabendo, não houve consulta pública. E esta Lei agora atrapalha toda Segurança Pública”, avaliou.

O Comandante-Geral da Guarda Municipal, Cel. Jonys Cabrera Lopes, afirmou que a Guarda está pronta para contribuir no combate a criminalidade e que com a criação da Secretaria Municipal de Segurança poderá auxiliar ainda mais no combate às drogas. “Estamos inaugurando batalhões e vamos ter videomonitoramento na Região do Aero Rancho, no Programa Crac é Possível Vencer. Com capacitação especial”.

Também participaram da Audiência o Delegado Marcos Betone – Diretor de Polícia Civil da Capital, Hudson Bonfim – Pres. Sindicato dos Guardas Municipais, Maria Auxiliadora – Pres. do Conselho de Segurança do Aero Rancho, José Geraldo – Pres. da Ass. De Moradores do Morada Verde, João Marcelo Pereira – Pres. Conselho de Seg. do Segredo, Cleonice dos Santos Pres. do Conselho de Seg. da Região Prosa, Valdo Pereira – Pres. da CRF.

Assessoria de Imprensa

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