10/07/2016 10h35
Um elogio, uma crítica construtiva, um olhar, um aperto de mão, um sorriso, uma oração. Muita das vezes é tudo que uma pessoa espera de você
Dirce Ruiz Braz
Julgamento
É comum vez por outra numa roda de amigos, colegas e em vários tipos de ambientes, na conversa surgirem os comentários felinos, maliciosos, com relação a pessoas do meio, de convivência e também não necessariamente. No pacote de conversações é comum estar familiares, o trabalho, e por aí vai… É bom lembrar a advertência de Jesus:
“Com a mesma medida que julgares teu irmão, também sereis julgados.” Assim procede a Lei, dos ensinos do Mestre. A crítica maldosa fere! Ninguém sabe, em sã consciência, aquilo que está contido no íntimo daquela pessoa, os dramas pelos quais passa.
É fácil julgar, não é mesmo? Muita gente fala: Ah! Também falam da gente… Não é porque falam que também se deve juntar à crítica desconstrutiva, isto é, não trazendo benefício a ninguém.
Vamos logicar: Qual criatura gostaria de saber que seu nome está sendo alvo de críticas… Que tal começar a perceber coisas boas naqueles que estão à sua volta?
Conta a história que, certa vez, Jesus passava por uma rua onde havia um cachorro morto, já em estado de putrefação. Todos que passavam por ali teciam comentários maldosos sobre o pobre animal, já sem vida.
Que cão imundo! Outros diziam: Asqueroso, malcheiroso e assim por diante… Jesus, observando o que diziam as pessoas, tão logo se compadeceu do pobre animal e disse: “Que belos dentes ele tem!” Jesus encontrou uma virtude, um elogio a fazer. Que exemplo digno! Nós seres humanos, não podemos encontrar coisas boas e elevadas no próximo? Por que somente denegrir, se podemos, sim, usar de compaixão? Tão melhor será o mundo quando passarmos a encontrar palavras doces e belas no nosso vocabulário, que darão sim, mais sentido a nossa vida diária.
Um elogio, uma crítica construtiva, um olhar, um aperto de mão, um sorriso, uma oração. Muita das vezes é tudo que uma pessoa espera de você.
Dirce Ruiz Braz é jornalista, escritora, diretora-presidente da ABRAPEC e autora do livro “Na Simplicidade do Coração