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Com mais de 2 mil aposentadorias, Fazenda pede concurso ao governo

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22/10/2018 11h11

O Ministério da Fazenda solicitou 1.312 vagas de diversos cargos diferentes para o Ministério do Planejamento depois que a pasta contabilizou 2.346 aposentadorias entre 2016 e 2018. Foram 421 naquele primeiro, 1.145 no segundo e 780 até agosto deste ano, de acordo com a própria Fazenda, o que já abre um déficit funcional preocupante.

O último certame realizado pela pasta se encerrou em 2016, o que impede que novos profissionais já aprovados em concursos anteriores sejam convocados. De acordo com a Folha Dirigida, a pasta quer contratar principalmente assistentes técnico-administrativos (904 vagas) e analistas técnico-administrados (257), com remunerações que vão de R$ 4,1 mil até R$ 5,4 mil, além de benefícios.

Uma das particularidades do Ministério da Fazenda é que, conforme os servidores se aposentam, a pasta pode chamar auditores-fiscais da Receita Federal para ocupar temporariamente os lugares.

No entanto, uma das maiores crises funcionais do país hoje está justamente no órgão previdenciário: no início do ano, a Coordenação de Gestão de Pessoas da Receita Federal (CGPRF) divulgou um estudo em que mostrava a necessidade de contratar quase 22 mil novos funcionários. A situação ficará mais grave, segundo o departamento, no final de 2018, quando uma leva de 600 servidores deverá se aposentar.

Para o diretor de Comunicação Social do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Pedro Delarue, as atividades que os auditores exercem no Ministério da Fazenda não são compatíveis com a carreira para a qual foram contratados e, além disso, custam mais ao Estado.

“No momento em que vivemos uma crise, é preciso inteligência para realocar a mão de obra qualificada para as áreas-fim. Especialmente os auditores-fiscais”, disse.

O pedido do ministério ainda inclui vagas para contador (53), técnico em Comunicação Social (22), engenheiro (15), arquiteto (12), bibliotecário (12), administrador (11), arquivista (9), psicólogo (6), pedagogo (6) e enfermeiro (5).

No começo de outubro, o Comitê Estratégico de Governança da Fazenda (CEG) informou que a Escola de Administração Fazendária (Esaf) não será mais a banca responsável pelas seleções da pasta e dos órgãos vinculados. A partir de agora, a instituição será apenas a responsável por contratar e fiscalizar as bancas organizadoras dos próximos concursos.

Assessoria de Comunicação

Crédito: divulgação

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