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Comércio da Capital teve o pior janeiro desde 2011

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12/02/2016 11h45

Pesquisa revela ainda que a previsão para fevereiro não é animadora

A Associação
Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) apurou por meio do Boletim do
Movimento do Comércio Varejista (MCV), que o mês de janeiro foi o pior para o
comércio da Capital desde 2011. No mês de janeiro de 2016 o MCV foi de 74
pontos, contra os 91 registrados em 2015, 100 pontos em 2014, e os 110 pontos
alcançados em 2013.

O MCV/ACICG é um índice apurado a partir
da evolução dos dados do setor, englobando as transações realizadas entre
empresas e também entre consumidores e o comércio. Considerando a sazonalidade
característica da atividade comercial, o MCV foi desenvolvido com base fixa
definida pela média do desempenho do ano de 2014. O Índice é composto de dois
outros sub índices que ajudam a avaliar sua evolução: o MCV-PF, que analisa as transações entre Pessoas Físicas e as
empresas do setor terciário, e o MCV-PJ,
que avalia as transações entre as empresas.

Conforme o
economista da ACICG, Normann Kallmus, o MCV-PJ levantado no mês de janeiro foi
de 69 pontos, contra 86 atingidos em 2015. “Em novembro de 2015 o MCV-PJ já
apresentava uma tendência de queda acentuada em relação ao ano anterior, e registrava
o valor de 75 pontos. A importância desse indicador consiste no fato de que
empresas tendem a ser menos influenciadas por aspectos não racionais e,
portanto, se estão reduzindo suas atividades é porque estão buscando restringir
suas compras, num movimento que parece ser consistente com o histórico recente”,
analisa.

Na mesma direção, o MCV-PF
de janeiro foi de 74 pontos, contra 92 em janeiro de 2015, demonstrando uma
redução significativa das transações registradas para o mês. “Salienta-se que a
tendência histórica é realmente de redução do Índice no mês de janeiro em
relação dezembro, por conta das festas de fim de ano e seus reflexos junto aos
consumidores”, lembra Kallmus.

Previsão para fevereiro – O economista da ACICG Normann Kallmus comenta que de
acordo com série histórica, a previsão para o mês de fevereiro não é animadora.
“Com exceção de 2015, quando o MCV permaneceu estável, em todos os demais
períodos apurou-se uma queda no mês de fevereiro em relação a janeiro. As
transações relacionadas às “voltas às aulas” de janeiro, compensam a natural
queda em relação a dezembro. Fevereiro, porém, além de ser um mês mais curto,
ainda contou com o Carnaval, que reduz as atividades do comércio”, diz.

Linha de Tendência – O gráfico abaixo ilustra o levantamento realizado para
esta pesquisa. Além das informações de MCV-PF e MCV-PJ, ele apresenta a Linha
de Tendência, que é um modelo matemático que possibilita reduzir impactos
sazonais e, eventualmente, avaliar perspectivas de comportamento de uma série
histórica. “A curva de tendência, representada pela linha tracejada, foi elaborada
a partir do registro das médias móveis de 4 meses. Como se verifica, a
tendência de queda é consistente, apesar de ter sido calculada incluindo-se o
aumento verificado em dezembro. O comportamento sazonal observado
anteriormente, indica que deverá haver um aprofundamento dessa tendência para
os próximos dois meses pelo menos”, sinaliza Kallmus.

Pontos de Atenção – O empresário deve estar atento a
alguns aspectos que podem se constituir em ameaças ou oportunidades aos
negócios nas próximas semanas. “Na esfera federal, além de aspectos políticos
ligados ao impeachment, que deverá dominar o cenário, o aumento da carga
tributária, através da CPMF, certamente resultará em impacto aos negócios. Mas
também na esfera estadual os problemas para o empresário se avolumam: o ICMS
subiu em 20 estados e passou a ser cobrado sobre novas atividades; o IPVA subiu
em 12 estados; o IPTU subiu acima da inflação; a alteração no cálculo do IPI de
bebidas, com algumas tarifas ficando 6 vezes maiores; o PIS e COFINS de
computadores e smartphones subiu 10%; a tarifa de aeroportos subindo 10,7% e pedágios,
11%. A CPMF pode ser uma distração. É necessário ter foco”, finaliza o
economista da ACICG, Normann Kallmus.

Assessoria de imprensa

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