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Crédito bancário acelera e tem maior alta do ano após medidas do BC

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30/10/2014 09h50

No mês passado, crédito avançou 1,32% e atingiu R$ 2,9 trilhões. Em julho e agosto, BC anunciou medidas para tentar destravar o crédito.

O volume de crédito ofertado pelos bancos avançou 1,32% em setembro deste ano, atingindo a marca inédita de R$ 2,9 trilhões, o equivalente a 57,2% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta quinta-feira (30). O crescimento registrado no mês passado foi o maior deste ano.

“Isso [crescimento] refletiu principalmente o crédito direcionado [BNDES, habitacional e crédito rural], com destaque parao crédito do BNDES, influenciado pela taxa de câmbio. O crédito imobiliário cresceu 1,5% no mês. Mas também houve aumento do crédito para compra de veículos, o que pode ser resultado das medidas do BC”, declarou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.

Com a aceleração do crédito, a expansão em 12 meses, que estava em 11,1% até agosto deste ano, avançou para 11,7% em setembro. Com isso, se aproximou da estimativa da autoridade monetária de que os empréstimos crescerão 12% em todo ano de 2014.

Medidas do governo

Em julho e agosto deste ano, o Banco Central anunciou medidas para tentar destravar o crédito e, com isso, estimular um pouco mais o crescimento da economia brasileira – que vem registrando baixos níveis neste ano.

Em julho, a instituição já havia liberado R$ 45 bilhões para os bancos emprestarem e, em agosto, outras medidas injetaram cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes.

Além disso, o Ministério da Fazenda também anunciou medidas para medidas para facilitar a compra de imóveis financiados, além da concessão do crédito consignado para trabalhadores do setor privado e para retomada de garantias – como automóveis e caminhões – pelos bancos, em caso de inadimplência.

Aumento da taxa básica de juros da economia

Embora tenha avaliado que as medidas adotadas pelo BC em julho e agosto tenham impactado o volume do crédito bancário em setembro, Tulio Maciel, chefe do Departmento Econômico da autoridade monetária, disse que elas têm “alcance restrito sobre a evolução do crédito”.

Segundo ele, o aumento dos juros básicos da economia efetuado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (29), de 11% para 11,25% ao ano têm “efeito mais relevante” sobre o crédito bancário.

“O mecanismo de transmissão da política monetária [aumento dos juros] sobre o canal de crédito é esse. Impactando taxas ativas [cobradas pelas instituições financeiras para cima] e moderando o crédito. Mas há também uma série de outras influências [sobre o crédito bancário], como nível de atividade e de confiança, por exemplo”, declarou Maciel, do BC.

Crédito livre e direcionado

De acordo com o BC, o aumento do crédito livre (sem BNDES, habitacional e rural) em setembro foi impulsionado pelo incremento de 0,9% nas carteiras de pessoas jurídicas, com elevação de operações vinculadas à atividade mercantil, como desconto de duplicatas e vendor, e de repasses externos e financiamentos a exportações. Já o volume de empréstimos referentes a pessoas físicas aumentou 0,6% no mês, com destaque para as modalidades de crédito pessoal consignado e de cartão de crédito à vista.

Já o crédito direcionado (BNDES, rural e habitação) avançou 2% no mês passado, refletindo variações de 2,4% nos financiamentos a pessoas jurídicas e 1,4% nos relativos a pessoas físicas. “No segmento corporativo, a principal expansão foi registrada na carteira para investimentos com recursos do BNDES, influenciada, em parte, pela depreciação cambial do período. Nas operações com as famílias, ocorreu aumento sazonal de 2,5% no crédito rural e expansão de 1,4% na carteira de financiamentos imobiliários”, acrescentou o BC.

Fonte: G1

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