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Famílias priorizam o pagamento de dívidas e endividamento cai 169 pontos

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26/05/2016 07h24

Índice de Negativação do Comércio, produzido pela ACICG, atingiu 30 pontos em abril, contra 199 no mesmo período de 2015

O boletim produzido pela Associação Comercial e
Industrial de Campo Grande (ACICG) para estudar a inadimplência na cidade atestou,
no mês de abril, a tendência de queda no Índice de Negativação do Comércio
(INC), que vinha caindo desde o mês de fevereiro. O Índice de Recuperação do
Crédito (IRC) também apresentou queda em relação a 2015, explicada pelo fato de
as pessoas estarem consumindo e se endividando menos, requisitando assim menos
crédito ao mercado.

Metodologia

  • Considerando que a sazonalidade é uma característica da atividade comercial,
    tanto o INC quanto o IRC foram desenvolvidos com base fixa definida pela média
    do desempenho do ano de 2014. Portanto, os valores acima de 100 pontos são os
    que ultrapassam a média obtida no ano de 2014, e os valores abaixo de 100 estão
    aquém da média.

INC – O
Índice de Negativação do Comércio apurado pela ACICG (INC/ACICG) encerrou o mês
abril em 30 pontos, exatamente o mesmo indicador de abril de 2014, e com decréscimo
de 169 pontos em relação a abril de 2015. “Nota-se claramente uma trajetória de
redução desse indicador, sobretudo a partir de fevereiro. Não há nenhuma dúvida
em relação às causas desse movimento, pois com as incertezas derivadas do
comportamento da economia, as famílias reduziram severamente o consumo e
passaram a priorizar a regularização de seus compromissos, resultando em
redução nas negativações registradas”, analisa o economista da ACICG, Normann
Kallmus.

O economista diz que em 2015 os consumidores
buscaram equilibrar seus orçamentos no decorrer do ano, diferentemente do que
aconteceu no segundo semestre de 2014, início do período em que ficaram
evidentes os sinais de queda do desempenho da economia brasileira. “Apesar do
“soluço” registrado em janeiro de 2016, o INC dos meses seguintes parece indicar
que esse comportamento irá se manter no ano em curso”, acredita.

IRC – Em
abril, o Índice de Recuperação de Crédito foi de 71 pontos, contra 190 em abril
de 2015 e 58 em 2014. “O que pode à primeira vista parecer preocupante, visto
tratar-se de uma queda significativa em relação aos períodos anteriores, acaba
sendo compensado pelo fato de que a atividade do comércio como um todo também
apresentou queda, e a tendência de negativação está ainda mais reduzida.
Trocando em miúdos, por estarem se endividando menos, as famílias estão
buscando menos recuperação do crédito”, explica Kalmmus.

Segundo ele, embora seja decrescente, a situação
ainda é preocupante uma vez que o estoque da dívida é considerável em função do
comportamento anômalo do final de 2014. “Ainda que tanto o INC quanto o IRC
estejam em queda, a negativação permanece bastante aquém da recuperação do
crédito”, completa.

Pontos de
atenção – O economista da ACICG alerta que empresário deve estar atento a
alguns aspectos que podem se constituir em ameaças ou oportunidades aos
negócios nas próximas semanas. Na esfera federal, o impeachment afastará as condições para discutir-se aumentos ou
criação de novos tributos antes que sejam apresentados resultados da nova
equipe econômica, como tem se confirmado nas entrevistas do Ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles.

A queda do Movimento do Comércio Varejista (MCV/ACICG)
de abril, deverá garantir um Índice de Negativação do Comércio (INC) em níveis
baixos em maio. “A volta do crescimento da inflação reportada no IPCA- 15
(IBGE) poderá, no entanto, pressionar negativamente os orçamentos familiares,
comprometendo a capacidade de pagamento. No nível estadual a insistência do
governo em justificar o aumento da carga tributária para viabilizar
investimentos, continuará trazendo enorme custo para a economia local, o que
pode ser claramente verificado a partir da constatação da redução do Movimento
do Comércio Varejista de Pessoa Jurídica (MCV-PJ) já demonstrado”, finaliza
Normann Kallmus.

Assessoria de Imprensa

Famílias priorizam o pagamento de dívidas e endividamento cai 169 pontos

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