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Juro bancário de pessoa física é o maior desde 2011, segundo BC

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27/11/2014 05h23

Bancos repassam alta de juro, e taxa de pessoa física é maior desde 2011

Bancos não só repassaram alta da Selic, mas subiram taxa mais ainda. Com isso, taxa para pessoas físicas avançou para 44% ao ano em outubro.

Os consumidores que precisaram de crédito sentiram no bolso a alta da taxa Selic – que em outubro passou de 11% para 11,25%. Os bancos repassaram essa alta – e mais um pouco – aos juros cobrados pelos bancos das pessoas físicas nas operações com recursos livres (que não inclui crédito rural, habitacional e do BNDES), que chegaram a 44% ao ano.

Com a alta, de 1,2 ponto percentual, a taxa de juros é a maior da série histórica do Banco Central, que tem início em março de 2011. Trata-se, portanto, da taxa mais elevada em mais de três anos e meio.

Selic

Como a decisão de aumentar a Selic no fim de outubro pegou o mercado financeiro de surpresa e foi tomada apenas no fim daquele mês, o impacto da decisão do Banco Central na taxa de captação dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos, foi de apenas 0,3 ponto percentual no mês passado. A taxa de captação atingiu 11,9% ao ano em outubro, contra 11,6% ao ano no mês anterior, nas operações para pessoas físicas.

Os números do BC mostram, porém, que a taxa de juros cobrada pelas instituições das pessoas físicas avançou 1,2 ponto percentual no mês passado, para 44% ao ano, contra 42,8% ao ano em setembro. Isso quer dizer que os bancos não só repassaram o impacto do aumento dos juros básicos da economia – promovido pelo Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias – como decidiram elevar os juros cobrados dos consumidores mais ainda.

Já a taxa de juros média das operações de crédito com empresas subiu de 22,8% ao ano em setembro para 23,4% ao ano em outubro – a maior desde fevereiro de 2012 (24% ao ano). A taxa de todas as operações (pessoas físicas e jurídicas), ainda com recursos livres, avançou de 31,9% ao ano em setembro para 32,8% ao ano em outubro – a maior desde outubro de 2011, quando somava 33,2% ao ano.

Inadimplência em queda

Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, recuou de 6,6% em setembro para 6,4% em outubro. Este é o menor patamar desde março de 2011 – quando estava em 6,3%.

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, recuou de 3,6% em setembro para 3,4% em outubro. Em julho, estava em 3,5%, passando para 3,6% no mês seguinte. Este é o maior patamar desde maio deste ano, quando estava em 3,3%.

Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, houve queda de 5% em setembro para 4,8% em outubro. É o menor patamar desde dezembro do ano passado (4,7%). Nesse caso, não são considerados créditos habitacional e rural e as operações do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

‘Spread’ bancário sobe em outubro

O aumento das taxas de juros bancárias de pessoa física em outubro deste ano contribuiu para elevar o chamado “spread bancário” – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes. O spread nas operações com pessoas físicas subiu de 31,2 pontos em setembro para 32,1 pontos percentuais em outubro – o maior patamar da série histórica, iniciado em março de 2011.

O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros. Apesar da queda em agosto, o spread dos bancos registrou forte alta no ano. Em um cenário de queda da inadimplência, e dos tributos estáveis, o aumento dos juros bancários provavelmente contribuiu para “engordar” o lucro dos bancos em outubro.

Fonte: G1

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