12/01/2018 12h22
Desde 2006 que a caderneta de poupança não tinha um ganho real tão elevado. Segundo levantamento realizado pela provedora de soluções financeiras Economatica e divulgado pelo site de notícias G1, o ganho real para o poupador chegou a 3,88%. Entretanto, o valor não leva em consideração a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 2,95% no ano passado.
De acordo com os dados divulgados, a inflação oficial do país atingiu o menor nível em 18 anos e a caderneta de poupança teve em 2017 o maior ganho real – descontada a alta generalizada dos preços – desde 2006. A rentabilidade nominal da aplicação foi de 6,93% durante o ano.
A rentabilidade da poupança ficou menor a partir de setembro do ano passado, quando o Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 9,25% para 8,25% ao ano.
Rendimento reduzido
Isso aconteceu porque uma regra de maio de 2012 determina que toda que toda vez que a Selic ficar abaixo de 8,5%, a correção anual das cadernetas deve ser limitada a um percentual equivalente a 70% dessa taxa mais a variação Taxa Referencial (TR), que é calculada pelo BC.
Já quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o rendimento das cadernetas é limitado a 6,17% ao ano mais a TR.
Mais depósitos que saques
De acordo com o Banco Central, após dois anos de retiradas líquidas, a caderneta de poupança voltou a atrair investimentos em 2017. Os depósitos superam os saques em R$ 17,12 bilhões no ano.
Isso aconteceu em um cenário de volta do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego, de cortes na taxa básica de juros e também da liberação dos saques das contas inativas do FGTS – que injetou R$ 44 bilhões na economia.
CNM – Com informações do G1