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Falta de mão de obra ameaça crescimento de 3,5% da agricultura

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22/11/2014 15h22

A produção do setor, cresceu 220% entre 1990 e 2013, enquanto a área, em nível bem menos expressivo, subiu 40%, conforme o professor.

Para atender demanda mundial, espera-se que produtores sul-mato-grossenses e das demais regiões do país tenham crescimento de 3,5% ano. A previsão é de que a produção brasileira aumente em 40% até 2020, já que o crescimento da população, a migração da zona rural para a urbana e a alta na renda per capita trarão a necessidade de ampliação da produção em 20%, em todo o mundo. Mas para alcançar essa meta, os produtores terão que superar desafios como a falta de mão de obra e a concentração de produção.

Os dados foram apresentados pelo professor da FDC (Fundação Dom Cabral, Alberto Duque Portugal), em palestra ministrada nesta quarta-feira (19), na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). De acordo com o especialista, a mão de obra está escassa tanto em quantidade como em produtividade e 0,7% dos produtores produzem 52% do valor bruto da produção do Brasil.

Na avaliação do pesquisador, o Brasil é o mais capacitado para atender boa parte da demanda mundial por alimentos, mas os produtores terão que buscar informações para melhorar a gestão. “Tem que se tratar também a gestão tanto dentro do negócio, como por exemplo, a governança do negócio, a análise de risco, como fora da porteira, como política pública, a participação do produtor”, disse.

Demanda – Segundo o especialista, a maior parte do crescimento populacional está localizada nos países dos continentes asiáticos e africanos, regiões que não apresentam expectativas de aumento do volume da produção agropecuária.

“Num futuro próximo, a fração da produção agrícola a ser comercializada precisará será cada vez maior, considerando o aumento da população mundial que não acompanha a distribuição de terras aráveis e a capacidade de geração de alimentos”, explicou.

A produção do setor, cresceu 220% entre 1990 e 2013, enquanto a área, em nível bem menos expressivo, subiu 40%, conforme o professor. “Este resultado é fruto do crescimento da produtividade que, no período analisado, aumentou 128%, graças ao uso da tecnologia. E não há como deixar de elevar a produtividade porque é ela que faz o produtor se manter competitivo no mercado e ganhar dinheiro”.

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