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Melhor gestão do solo pode elevar produção de alimentos em 58%

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29/08/2015 17h43

Na opinião do secretário-geral da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), conservar o solo é um grande desafio para o País.

O uso de boas práticas no manejo do solo pode ajudar no aumento de produtividade e garantir alimentos para o mundo que terá como desafio, para os próximos 50 anos, produzir o equivalente ao dobro do que já foi produzido desde o desenvolvimento da agricultura. A afirmação foi feita pelo cientista Paul Fixen, vice-presidente sênior do International Plant Nutrition, durante o 5º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, realizado nesta terça-feira, 25 de agosto, em São Paulo.

Para ele, com a gestão adequada dos solos, algumas fazendas podem aumentar a produção de alimentos em até 58%. “A má notícia é que muitos países do mundo não têm cuidado bem dos solos e cerca de 40% deles estão degradados”, ressaltou o cientista, salientando que metade das áreas agricultáveis no mundo foi perdida nos últimos 150 anos.

Fixen destacou ainda a importância dos fertilizantes no aumento da produtividade, acrescentando que entre 40% e 60% da produção mundial de alimentos dependem da utilização destes insumos.

“Temos tecnologia para fazer uma adubação cada vez mais eficiente, quase que adaptada a cada planta, de forma a aumentar a produtividade, sem desperdiçar insumos e sem causar impactos ambientais decorrentes da adubação excessiva e desnecessária.”

DESAFIO

Na opinião do secretário-geral da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), Reinaldo Cantarutti, conservar o solo é um grande desafio para o País.

“O Brasil precisa de uma política reguladora da conservação do solo, de forma a garantir a segurança alimentar”, sugeriu.

Presidente do Conselho de Administração da Anda, George Wagner Bonifácio comentou que o Brasil vive um momento de grande incerteza econômica e política e “precisa de uma política adequada de seguro agrícola, além de melhorar a infraestrutura de logística, fazer a reforma trabalhista e ter uma estratégia correta de acordos comerciais com países relevantes, considerando as peculiaridades do agronegócio”.

Já Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e presidente da Academia Nacional de Agricultura da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), demonstrou sua preocupação com o reflexo da queda das bolsas asiáticas, principalmente a chinesa, que ocorreu nesta semana, sobre o agronegócio brasileiro.

“O Brasil é um grande exportador de commodities e qualquer retração no crescimento da China afeta o setor”, analisou.

PLATAFORMA DIGITAL

Durante o encontro, a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) anunciou, para o mês que vem, o lançamento da plataforma digital “Nutrientes para a Vida”, com o objetivo de levar os conceitos da indústria de fertilizantes, considerando os aspectos econômicos, sociais, tecnológicos e também de sustentabilidade.

Na abertura do 5º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, também estiveram presentes o secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Rubens Rizek, e o secretário estadual de Logística e Transporte de São Paulo, Duarte Nogueira.

SNA – Sociedade Nacional de Agricultura

Melhor gestão do solo pode elevar produção de alimentos em 58%

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