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Quebra na safra de café na região do Cerrado deve superar os 30%

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02/08/2015 12h04

Este ano as adversidades climáticas estão interferindo na produção de café na região do Cerrado, mas a quebra deve superar o previsto.

A safra de café arábica ainda está sendo colhida na região do Cerrado. Produtores de Patrocínio estão preocupados com a quebra na produção este ano, que deverá ultrapassar os 30%. Apesar da redução e perda de qualidade do café o mercado continua estável e há possibilidades de aumento nos preços da saca que atualmente está sendo vendida de R$430,00 a R$ 450,00.

Em uma propriedade na região de São Benedito no município Patrocínio a cafeicultura é familiar. Miguel Pereira e os dois filhos cultivam 30 hectares e produzem 48 sacas de café por hectare de elevada qualidade. Segundo o produtor, a atividade é repassada para os filhos, sem o custo de mão de obra.Nos 55 municípios a expectativa é de colher 5 milhões de sacas.

Este ano as adversidades climáticas estão interferindo na produção de café na região do Cerrado, mas a quebra deve superar o previsto. O agricultor, Lucas Pereira dos Santos, disse que na sua propriedade a quebra deve ser de 50% e dos vizinhos pode chegar a 70%, em localidades em que não foi possível colher 10 sacas por hectare.

Em plena safra é grande a movimentação de caminhões na Expocaccer maior unidade armazenadora da região do Cerrado Mineiro, com capacidade para 800 mil sacas. E este ano, outro fator atípico foi o atraso das colheitas. O Trader, João Ferreira Júnior, explicou que o processo de pós colheita também atrasou, refletindo na entrada do produto nos armazéns.

Apesar da redução na produção e perda de qualidade o café arábica ainda continua com preços estáveis no mercado. A saca de 60 quilos está sendo comercializada entre R$ 430,00 e R$ 450,00, influenciado também, segundo o Trader, pelo mercado internacional.

Para os produtores os preços do café em baixa e os aumentos dos custos da produção e insumos devido a alta do dólar representa outra dificuldade. Diante de estoques mundiais de café em baixa, os preços poderão reagir nos próximos meses. Já para 2016 a expectativa dos cafeicultores e dos responsáveis pela comercialização é de que seja um ano bem melhor para o setor.

Patosja

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