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Bocha adaptada faz alunos com paralisia a superarem limites

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06/05/2017 22h49

Bocha adaptada incentiva alunos com paralisia a superarem limites

O objetivo do evento foi incentivar a prática desportiva e recreativa entre os alunos com paralisia cerebral

Os limites impostos pela paralisia cerebral não impediram a estudante Clarisse Farias Sobreiro, da escola municipal Domingues Gonçalves Gomes, de subir ao pódio e conquistar diversas medalhas nos últimos dois anos. O esporte escolhido por ela, que cursa o 5º ano e tem mudado sua vida, é a bocha adaptada, modalidade que ela começou a praticar na Rede Municipal, através dos projetos de esporte da Divisão de Esporte Arte e Cultura da Semed.

Na quinta-feira (4), ao lado de outros 30 alunos de escolas municipais, que também possuem paralisia cerebral, Clarisse e seus colegas puderam mostrar suas habilidades no 4º Open de Bocha, que aconteceu no Shopping Norte Sul Plaza. O evento foi organizado pela prefeitura e Semed, por meio da Superintendência de Gestão das Políticas Educacionais, sob a coordenação da Divisão de Esporte, Arte e Cultura.

O objetivo do evento foi incentivar a prática desportiva e recreativa entre os alunos com paralisia cerebral e que também sejam cadeirantes, além de aproximá-los do público.

“Demorou um pouquinho, mas no ano passado eu me interessei e continuei o jogo”, conta Clarisse, que treina bocha três vezes por semana. A estudante ainda comentou que a família tem sido sua base de apoio para manter os treinos, tanto que já conquistou, inclusive, uma medalha de ouro em jogos adaptados que participou.

O técnico Gerson Falcão Acosta conta que a bocha adaptada surgiu com objetivo de oportunizar vivências motoras para pessoas com paralisia cerebral. O jogo funciona em uma quadra dividida por seis boxes, podendo ser jogado em equipe, duplas ou individual. “O objetivo é jogar a bola o mais próximo da bola alvo (branca), que recebe algumas denominações, como Jack e bola alvo. O atleta que conseguir chegar mais próximo ao final da parcial marca um ponto ou mais”.

Gerson explica que a bocha trabalha a motricidade do aluno, raciocínio, percepção, consciência corporal e equilíbrio, por isso se torna um instrumento fundamental no desenvolvimento do indivíduo que possui paralisia cerebral.

O empenho e desenvoltura dos alunos emocionou o público que assistiu ao Open de Bocha Adapatada. Foi o caso do serviços gerais Claudenilson Alves da Costa, que é cadeirante. “A gente fica muito tempo parado em casa sem ver pessoas e com o esporte o deficiente se socializa”, diz.

Ele se lembra que o primeiro jogo de bocha que viu foi no período que completava um ano de sua lesão medular. “Me emocionei muito e acabei voltando para a escola, praticando basquete adaptado”, conta.

A mãe de Clarrise, Verônica Farias Pereira, que acompanhou sua filha, acredita que o esporte é um incentivo às crianças a buscarem objetivos e a superar limites. “Começa com uma brincadeira e de repente a criança pode despontar. É uma coisa que ela gosta de fazer”, ressaltou.

A estudante Renata Vitória Ferreira Maceno, do 2º ano da Escola Múcio Teixeira também pratica bocha adaptada e participou do Open. “Eu gosto porque me divirto. Minha mãe fala que é bom para mim e meus irmãos e amigos também gostam de me ver praticando”, conta.

Para a diretora da Escola Municipal Múcio Teixeira, Cleia Aparecida Correa, a prática esportiva por crianças deficientes é um importante instrumento que impulsiona o desenvolvimento e a inclusão. “É gratificante ver a evolução da criança, a dedicação. Trabalhamos respeito, educação, solidariedade e principalmente a auto-estima delas”, destaca.

O chefe da Divisão de Esporte, Arte e Cultura – DEAC, da Semed, Wilson Lands, afirma que o empenho da prefeitura, através da Semed, é o quw vem garantindo o desenvolvimento dos projetos de esporte e cultura na Reme.
“A secretária Ilza Mateus e o prefeito Marquinhos Trad tem o entendimento de que o esporte é um importante aliado para o desenvolvimento dos alunos, por isso nos empenhamos em realizar esses eventos”, afirma.

A secretária Ilza Mateus ressalta que a parceria entre a Semed e o esporte será uma crescente dentro da atual gestão. “As atividades esportivas e culturais ensinam a criança o espírito de liderança e o respeito, por isso vamos sempre focar na ampliação dessas parcerias”, finaliza a secretária.

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