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‘Se Terceirização virar lei, salários serão reduzidos em até 30%’

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25/03/2017 14h31

Se Terceirização virar lei, salários serão reduzidos em até 30%, alerta a Fetracom MS

É o que estima a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom-MS.

A vida profissional dos trabalhadores brasileiros nunca foi tão ameaçada como nesses últimos tempos com as reformas Previdenciária, Trabalhista e a Terceirização, que foi aprovada esta semana e que está na mesa do presidente Michel Temer, para sanção. Se essa matéria aprovada (terceirização) virar lei, os salários dos trabalhadores brasileiros deverão sofrer uma drástica redução em torno de 20 a 30% em função da entrada da empresa intermediária na contratação de funcionários dentro das empresas. É o que estima a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS.

“Não vai ter como escapar disso. As empresas terceirizadas, que serão contratadas pelas empresas onde você trabalha, terão que sobreviver e certamente não serão bancadas pelas empresas e sim pelos próprios empregados, que terão seus vencimentos reduzidos e direitos sociais desfeitos para que sobrem mais recursos para a manutenção das intermediárias”, alerta Pedro Lima, presidente da federação que representa mais de 200 mil trabalhadores em MS, tanto comerciários como em empresas de serviços.

A Fetracom/MS, filiada à Força Sindical, possui representações sindicais em todo Estado e os sindicalistas, nas suas bases, também estão bastante preocupados com o rumo que as coisas estão tomando no Brasil, contra a vontade, anseios e necessidade dos trabalhadores. “O momento é tenso. Mais do que nunca precisamos do apoio da opinião pública nessa luta para se não impedirmos, pelo menos amenizarmos os prejuízos que certamente teremos por conta das propostas apresentadas pelo próprio governo, em detrimento da classe trabalhadora”, alerta Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS (sind. de empregados em empresas de assessoramento, perícias, informações, pesquisas e serviços contábeis), filiado à federação.

Divino José Martins, presidente do Sindicato dos Comerciários de Ponta Porã, diz que não tem dúvida de que haverá uma drástica redução de salário nas empresas em que as terceirizadas entrarem. Da forma como foi aprovado o projeto, nenhum setor, público ou privado, estará livre desse procedimento. “Teremos muitos problemas pela frente se esse famigerado projeto, que foi aprovado em meio aos inúmeros escândalos que afloram no país, virar lei. E junto com ele, pairam hoje sobre o país, outras graves ameaças ao povo brasileiro: as reformas da Previdência e Trabalhista, que se forem aprovadas sem levar em consideração a vontade popular, será mesmo o fim”, adverte.

O QUE MUDA – A Fetracom/MS alerta a população para as principais mudanças que vão ocorrer com a nova Lei da Terceirização:

  • Terceirização irrestrita – As empresas ganham permissão para terceirizar quaisquer atividades, mesmo a atividade fim. Uma escola, por exemplo, poderá contratar professores terceirizados;

  • Serviço Público – Todas as funções de Estado também poderão ser terceirizadas, exceto carreiras de Estado, como juízes, promotores, procuradores e auditores;

  • Trabalho Temporário – Aumenta de 3 para 9 meses o tempo máximo de duração. Isso vai permitir uma rotatividade muito grande de profissionais no mercado, sem efetivamente ser contratado.

  • Responsabilidades Trabalhistas – O trabalhador só poderá cobrar o pagamento de direitos da empresa contratante após se esgotarem os bens da empresa contratada;

  • Quarteirização – Será permitido à empresa de terceirização subcontratar outras empresas. Ou seja, poderá ficar muito pior ainda ao trabalhador, que poderá ser contratado para trabalhar para outra empresa contratada para executar serviços dentro de uma outra empresa.

Por esses e outros problemas gravíssimos que ameaçam os trabalhadores sul-mato-grossenses e brasileiros em geral, a Fetracom/MS, por intermédio de seus sindicalistas filiados: Idelmar da Mota Lima, SEC Campo Grande; Orlando Terredor Pinto, SEC Corumbá; Pedro Lima, SEC Dourados; Sidney Ribeiro, SEC Naviraí; Márcio de S. Albuquerque, SEC Nova Andradina; Claudemir Paulo da Silva, SEC Paranaíba; Divino José Martins SEC Ponta Porã; Eurides Silveira de Freitas, SEC Três Lagoas; Clodoaldo Fernandes Alves, SEC Maracaju e Estevão Rocha dos Santos, Seaac/MS, estão trabalhando em suas bases para mobilizar a categoria para ajudar num levante contra essas ameaças, engrossando o coro nacional de protesto que terá que ser em alto e bom som para que as autoridades constituídas recuem da concretização desse pacote de maldade contra o povo brasileiro.

Wilson Aquino – Assessoria de Imprensa

Assessoria de Imprensa

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