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Agepen e comunidade estudam produção de tijolos à base de restos de minério

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25/04/2015 17h35

A proposta está em estudo pela Agepen, Poder Judiciário e Conselho da Comunidade de Corumbá.

Descartes de minério de ferro poderão ser transformados em tijolos ecológicos nas mãos de internos que cumprem pena nas unidades penais de regime fechado de Corumbá.

A proposta está em estudo pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário e Conselho da Comunidade de Corumbá. A intenção é unir a questão ambiental da melhor destinação desses restos de materiais ao fator social e econômico em prol do sistema prisional.

Pelo projeto, fábricas de tijolos ecológicos serão instaladas nos presídios masculino e feminino de Corumbá, com remuneração dos detentos que trabalharem na produção, como já acontece em outros estabelecimentos penais no Estado. No entanto, a novidade está na principal matéria-prima utilizada: restos de minério de ferro, abundantes na cidade, mas que ainda não possuem uma destinação tão adequada.

O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, esteve em Corumbá discutindo o assunto com autoridades locais. Segundo ele, ampliar as possibilidades de trabalho aos internos é extremamente importante, já que favorece a disciplina, bem como a reinserção social.

Durante a reunião, a presidente do Conselho da Comunidade de Corumbá, Cristiana Ribeiro, explicou que está sendo realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) uma consultoria de viabilidade de produção. “Precisamos saber se esses tijolos terão mercado, se realmente é viável o conselho investir na compra das máquinas”, comentou, informando que o projeto demanda um investimento inicial de R$ 300 mil.

O juiz responsável pela Execução Penal na Comarca, André Monteiro, informou que a mineradora Vale já se disponibilizou em fornecer os restos de minério e que um engenheiro que faz parte do Conselho da Comunidade irá possibilitar a consultoria técnica para a produção do material. A necessidade, conforme o magistrado, é angariar mais parceiros que tornem a proposta efetiva. “Estamos buscando empresas ou instituições que tomem frente da produção, utilizando mão-de-obra prisional remunerada”, destacou.

A direção da agência penitenciária se comprometeu em analisar alternativas para que o projeto se concretize, entre elas remanejar máquinas já em funcionamento em outros presídios de Mato Grosso do Sul, para que parte dos recursos a serem destinados aos projetos possam ser utilizados em outras melhorias nos estabelecimentos prisionais da cidade.

Também participaram da reunião os diretores de Operações e de Assistência Penitenciária da Agepen, Reginaldo Regis e Gilson Martins, respectivamente; diretores de presídios de Corumbá e representantes do Poder Municipal de Corumbá e Ladário, entre outros.

Agepen e comunidade estudam produção de tijolos à base de restos de minério

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