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Campo Grande

CPI apura existência de unidades de saúde apenas no ‘papel’ em MS

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10/10/2015 01h35

Dois ESFs de Itaporã receberam recursos mas não existiam, diz CPI. Auditoria que apurou caso recomenda a devolução da verba recebida.

A Câmara de Vereadores de Itaporã, a 225 quilômetros de Campo Grande, instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a denúncia da existência apenas no “papel” de duas unidades de estratégia da saúde familiar (ESFs) no município entre julho de 2013 e 2014. Neste período, a prefeitura teria recebido mais de R$ 600 mil dos governos federal e estadual para manter as unidades que não existiam na prática.

Na manhã desta quinta-feira (8), os membros da CPI ouviram os depoimentos de médicos, dentistas, enfermeiros e agentes comunitários, que, segundo o apurado pela secretaria estadual de Saúde, deveriam trabalhar nos ESFs.

No período investigado, o ESF Bandeirantes deveria funcionar na rua Francisco Leal de Queiroz, mas, de acordo com moradores do bairro, isso nunca aconteceu e desde o ano passado ela está instalada na rua Luiz Vaiderman. Já o ESF São Bento está instalado no posto central de especialidades de Itaporã, mas somente desde maio de 2014, também de acordo com o relatório da secretaria estadual de Saúde.

Para o relator da CPI da Câmara de Itaporã, vereador Gladstone Silva (PTB), as informações já apuradas apontam as irregularidades. “Foi constatado que se tinha em documentação equipe formada, nos dois ESFs, mas que eles existiam no somente no papel, mas não existiam na prática, para fazer o atendimento a população”, afirma.

O relator comentou ainda que o dinheiro repassado pela União e pelo governo do estado para a administração dos postos teria sido administrado no período pelo próprio prefeito da cidade e que os funcionários que teriam sido contratados para trabalharem nas duas unidades não tinham conhecimento da situação.

A CPI deve apresentar até o dia 15 de novembro o relatório final das investigações. A auditoria que fez a análise do caso recomendou que o município devolva o dinheiro recebido para a manutenção dos ESFs que só existiam no papel.

Outro lado

O gerente de saúde de Itaporã, Moisés de Oliveira, disse que assumiu o cargo há apenas dez meses e que desconhece as irregularidades citadas. Ressaltou ainda que se as suspeitas forem confirmadas o dinheiro será devolvido. “Temos que esperar a apuração dos fatos e se comprovado que tem de devolver, vamos analisar e fazer de acordo com a legislação”.

G1 MS com informações da TV Morena

CPI apura existência de unidades de saúde apenas no 'papel' em MSFoto: Reprodução/TV Morena“/>

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