05/09/2015 03h11
De acordo com o subsecretário da Igualdade Racial, a adesão ao Sinapir garantirá também condições físicas de trabalho ao município.
Com comunidade quilombola reconhecida pela Fundação Palmares, responsável pela certificação, o município de Figueirão, distante 247 km da Capital, passará a integrar, juntamente com outros dez municípios de Mato Grosso do Sul, o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) e terá a implantação de coordenadoria municipal, facilitando ainda mais o trabalho da gestão local no combate as desigualdades raciais. Durante toda a quinta-feira (3), a equipe técnica da Subsecretaria da Igualdade Racial (Subpirc), pasta ligada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), esteve no município capacitando os gestores locais e conversando com os moradores da Comunidade Quilombola Santa Tereza. No Estado apenas Corumbá e Bataguassu estavam totalmente adequados as normas do Sinapir.
De acordo com o subsecretário da Igualdade Racial, Carlos Versoza, a adesão ao Sinapir garantirá também condições físicas de trabalho ao município. “A adesão ao Sinapir trará a estrutura física necessária para o bom andamento da coordenadoria municipal, com a disponibilização de mesas, computadores, máquina fotográfica e demais equipamentos. Com essa organização implantada o município ainda terá mais facilidade no acesso a recursos financeiros para realização de projetos”, disse.
Para o prefeito Rogério Rosalin, que também participou da capacitação, o momento é de unir esforços em prol da população garantindo a todos direitos principalmente em respeito à cidadania. “Esse é um dever que temos e um compromisso com a população. Ao aderirmos ao Sinapir estamos garantindo no nosso município a implantação da coordenadoria e do conselho que tratará diretamente das ações de combate às desigualdades”, afirmou.
Também foram apresentados aos gestores de Figueirão os exemplos de parceria entre a Eletrobrás e a Subpirc, por meio dos Centros Comunitários de Produção (CCPs), que possibilitou a implantação de resfriadores de leite no Assentamento Teiijin, em Nova Andradina; de fábrica de pães e doces na Comunidade Quilombola Chácara Buiriti, na Capital e da fábrica de pães e cursos de manicure e cabeleireiro na Associação de Mulheres Independentes na Ativa (Amina), em Anastácio. Segundo os técnicos da Subpirc, projetos como os exemplificados também poderão ser implantados no município conforme a disponibilidade.
A secretária municipal de Assistência Social, Graciela Rosalin, representantes de movimentos de igualdade e do legislativo municipal, também participaram da capacitação.
Quilombola – Na Comunidade Santa Tereza as 31 famílias desempenham atividades voltadas para pecuária e gado leiteiro, tendo a dança Catira como grande herança cultural. O povoamento da região data de 1901, quando Joaquim Malaquias da Silva, patriarca da Família Malaquias, chegou à região vindo de Campo Formoso-MG. Com a emancipação de Figueirão, em setembro de 2003, a comunidade passou a pertencer ao município, estando a 60 km do centro da cidade.
Assessoria Vice-governadoria e Sedhast
