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Número de queimadas tem queda, mas risco cresce em setembro

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02/09/2014 10h53

Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de mais da metade no número, que foi de 677 focos.

O satélite de referência do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 312 focos de incêndio em Mato Grosso do Sul durante o mês de agosto. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de mais da metade no número, que foi de 677 focos. Apesar da boa notícia, o coordenador estadual do PrevFogo, Alexandre Pereira, diz que não é momento de descansar.

“O período mais crítico do ano em relação às queimadas são são agosto e setembro, mas não tivemos grandes incidências de fogo em agosto. É justamente por isso que precisamos reforçar os cuidados e dobrar a atenção porque as chances de grandes incêndios em setembro aumentam, podem surgir grandes focos a qualquer momento”, explica.

Segundo Alexandre, a queda no número de focos em relação à 2013 é atribuída a dois fatores. Um desses é a grande quantidade de chuva registrada em julho no Estado. “Tivemos mais de 100% de chuva a mais do que a média normal para esse mês do ano”, amplia.

O outro fator é a cheia no Pantanal. “A maior região que contribui para os focos é Corumbá, mas, neste ano, a região permaneceu muito úmida, o Pantanal está muito cheio. Só agora é que o nível das águas está começando a baixar. Então, como tem muita água, não tem fogo”, complementa Alexandre.

Conscientização – Sem grandes incêndios para combater, equipes contratas pela Prevfogo estão fazendo um trabalho igualmente importante: combatendo o incêndio antes que ele ocorra. “Pequenas e grandes propriedades rurais, escolas rurais, aldeias e comunidades de todo o Estado estão recebendo orientação para evitar situações de incêndio”, conta.

São 90 profissionais que, desde julho até dezembro deste ano, estarão nas cidades de Corumbá, Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho e Jateí. Além de propriedades na zona rural, terras indígenas recebem orientações acerca da prevenção de incêndios, além de aprenderem técnicas de proteção contra incêndio florestal.

Cuidado – Uma das técnicas ensinadas é a construção de aceiros, que consiste na retirada total de vegetação em uma faixa de três a cinco metros de largura em locais estratégicos da pastagem, impedindo que o fogo se alastre em caso de incêndio.

Geralmente, o produtor rural escolhe a área da cerca que faz a divisão da propriedade para deixar sem vegetação. Em grandes fazendas, as faixas sem vegetação facilitam o trabalho de contenção do fogo ao possibilitar uma linha de controle.

Além do ensino da técnica, as equipes do Prevfogo alertam sobre a importância de realizar manutenção constante dos aceiros, além de ministrar palestras e distribuir material educativo.

campograndenews

Número de queimadas tem queda, mas risco cresce em setembroFoto: Divulgação/PMA“/>

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