18/04/2014 01h06
Segundo hospital, 450 eletivas deixaram de ser feitas em três meses. Mesmo após concurso, contratação pode esbarrar na legislação eleitoral.
A longa espera na fila das cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas de urgência, causa transtornos e complicações de saúde para os pacientes que aguardam pelo procedimento no Hospital Universitário (HU) de Campo Grande.
O hospital reconhece a demora e diz que o problema está da queda no número de anestesiologistas no centro cirúrgico que antes tinha sete profissionais da área e agora conta com apenas dois. Segundo o hospital, de janeiro a março 450 cirurgias deixaram de ser feitas e a lista de espera já tem pacientes agendados para 2015.
Os anestesiologistas não aceitam o valor pago pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e o hospital afirma não ter autonomia para aumentar a remuneração. Uma audiência de conciliação com o Ministério Público Federal (MPF) está marcada para o dia 29 de abril.
A realização de concurso público para a preencher as vagas poderia resolver o problema em poucos meses, mas, mesmo após o certame, a contratação de mais médicos pode atrasar por conta da legislação eleitoral, segundo o superintendente do Hospital Universitário (HU) de Campo Grande, Cláudio Wanderley Luz Saab.
“Pela lei eleitoral, a partir de julho, não se pode admitir no serviço público federal nenhum tipo de concursado mesmo que tenha saído o resultado, até o período de 31 de dezembro”, esclareceu.
O advogado da Servan, empresa que presta serviços de anestesiologista para o HU, diz que aguarda proposta do hospital e do Ministério Público Federal. Caso contrário, o serviço será interrompido imediatamente. Conforme a empresa, 97% dos anestesiologistas de Campo Grande estão vinculados à instituição.
Concurso
O hospital vai oferecer 18 vagas para médicos anestesiologistas e segundo a superintendência, o edital do concurso será publicado em maio. As provas devem ser realizadas em junho. O salário inicial é de cerca de R$ 7 mil.
Fonte: G1 MS
