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Sessões que podem ser determinantes para largar o vício

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30/08/2015 02h32

Deixando de fumar sem mistério: as quatro sessões que podem ser determinantes para largar o vício

As quatro primeiras sessões são determinantes para muitas pessoas largarem de uma vez por todas o hábito de fumar.

O tratamento de saúde para deixar o cigarro, oferecido pelo sistema público de saúde, tem ajudado centenas de pessoas a abandonar o vício. Intitulado ‘Deixando de Fumar Sem Mistério’, o programa é disponibilizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) e os governos estaduais e prefeituras. O tratamento tem um ano de duração e inclui reuniões semanais, que passam, no segundo mês, a ser quinzenais, até que sejam realizadas apenas uma vez por mês.

As quatro primeiras sessões são determinantes para muitas pessoas largarem de uma vez por todas o hábito de fumar. São sessões em grupo de 10 a 15 pessoas, com duração de uma hora e meia, uma vez por semana. Para ajudar os fumantes a permanecerem sem cigarros o tratamento aborda os comportamentos, pensamentos e sentimentos dos integrantes.

Na primeira sessão os participantes entendem por que se fuma e como isso afeta a saúde. Eles aprendem as estratégias para parar de fumar (abrupta, gradual, redução e adiamento) e os prejuízos à saúde provocados pelo tabagismo. É discutido, entre outros assuntos, o papel da nicotina como droga que causa dependência química, ou seja, a perda do controle sobre seu uso em razão de uma necessidade psicológica ou física. Isso explica porque grande parte dos fumantes deseja parar, mas não consegue.

Em um segundo encontro o assunto gira em torno dos primeiros dias sem fumar. Os participantes contam como deixaram de fumar e os que não pararam o que estão fazendo para mudar essa realidade. Os integrantes recebem informações sobre os sintomas da abstinência que são limitados e desaparecem dentro de uma semana ou duas. De acordo com especialistas, esses sintomas são sinais de que o corpo está se restabelecendo e retornando ao estado saudável anterior ao início do tabagismo.

Vencidas as duas primeiras, entra em cena a terceira sessão, que aborda como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar. Nessa etapa, os integrantes do grupo já deixaram o cigarro e trocam experiências do que estão enfrentado e dos benefícios de ter parado de fumar. Há ainda exposição de estratégias para evitar o ganho de peso e sobre o uso do álcool que costuma ter forte vínculo com o cigarro, como beber bastante água, consumir alimentos com poucas calorias, fazer exercícios físicos e respirar profundamente, entre outras.

Na última sessão semanal a discussão gira em torno dos benefícios obtidos após parar de fumar. Entre os primeiros da lista estão o orgulho por ter parado de fumar e o aumento da auto-estima. Para se manter firme, o programa aconselha “evite um cigarro e você evitará todos os outros”.

Além disso, os participantes que deixam de fumar continuarão a ter benefícios aumentados tanto quanto sua disposição física. Isso porque a tosse e a bronquite crônica desaparecerão. Os riscos de doenças cardíacas, enfisemas e vários tipos de câncer continuarão a diminuir. Finalmente, essas pessoas estão poupando o dinheiro que gastavam com cigarros e vendo suas economias aumentarem proporcionalmente ao aumento do preço dos cigarros.

Auxílio médico

A atitude de parar de fumar não é simples e precisa de determinação. Muitas pessoas experimentam reações adversas com a falta da nicotina. Por isso a importância de fazer parte de um programa assistido por uma equipe multidisciplinar com médicos, psicólogos, enfermeiros e farmacêuticos.

De acordo com a psicóloga Maria da Graça Rocha, que trabalha há sete anos no programa, os sintomas podem ser diversos. O tabagismo é uma doença tão séria que está incluída na classificação de transtornos mentais.

“Tem gente que tem crise ansiedade, pressão alta, taquicardia, tremor, dor de estomago, dor de cabeça, mal estar. Por isso há toda uma equipe médica envolvida. Então é muito importante perceber a individualidade de cada um e atendê-la. Para conter as crises de abstinência os médicos podem prescrever remédios para ansiedade, adesivos de nicotina e até uma goma de mascar específica para o tratamento”, explica.

Prevenindo a recaída

Ao final das sessões, os coordenadores do programa alertam sobre a possibilidade de recaídas. Um ex-fumante pode passar por uma crise, por exemplo, a morte de um ente querido ou um acidente de automóvel. Uma resposta automática a essa crise pode ser procurar o cigarro. Outras pessoas que desejam confortá-lo podem oferecer um cigarro. O ex-fumante pode aceitar sem pensar.

Ou ainda há a possibilidade de alguns ex-fumantes recaírem porque sua experiência em abandonar o cigarro foi desagradável: seja porque engordaram ou tiveram problemas para controlar o estresse. O caminho para se prevenir é ter sempre em mente as razões pelas quais não gostaria de voltar a fumar, mesmo em momentos de crise e o lema “evite um cigarro e você evitará todos os outros”.

Tratamento

Caso você tenha interesse ou conheça alguém que gostaria de parar de fumar procure uma unidade de saúde mais próxima de sua casa. Lá eles irão orientá-lo como proceder para que tenha uma vida mais saudável e sem o cigarro.

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