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Universidade Federal e Bombeiros realizam seminário na Capital

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16/09/2014 10h36

UFMS e Bombeiros realizam seminário para discutir formas de prevenir suicídios

Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo 17,8% entre as mulheres e 8,2% entre os homens.

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Corpo de Bombeiros realizam nesta terça e quarta-feira, dias 16 e 17 de setembro, no anfiteatro do LAC – Campus UFMS, em Campo Grande, o VII Seminário de Promoção à Vida e Prevenção ao Suicídio, com o objetivo de reduzir os índices que já são considerados alarmantes pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dados divulgados no início deste mês pela OMS apontam o Brasil como o 8º País do mundo com mais casos, já Mato Grosso do Sul aparece como o terceiro Estado brasileiro em número de suicídios. No ranking das cidades brasileiras, o município de Amambai aparece em 4º lugar. Em 2013 foram registrados no País 11 mil suicídios, o que representa 25 mortes por dia.

De acordo com o capitão e capelão do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Edilson dos Reis, que é também professor da UFMS e será um dos palestrantes do seminário, o alto índice de suicídios está diretamente ligado a problemas de saúde mental, que são agravados pelo álcool, drogas, estresse laboral, isolamento social e também pela popularização das redes sociais.

“Cada suicídio é uma denúncia individual de uma crise coletiva. Hoje em dia as pessoas buscam desesperadamente a autoafirmação e a aceitação social, para isso, buscam as redes sociais, onde exibem uma vida que não têm e aquilo que não são, denunciando a banalização dos valores e a desestruturação social”, afirma Reis.

Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes, sendo 17,8% entre as mulheres e 8,2% entre os homens. “Para cada caso consumado a OMS estima que houveram entre sete e dez tentativas, sendo assim, no ano passado só no Brasil 100 mil pessoas tentaram tirar a própria vida e se não forem tratadas vão acabar entrando para a estatística”, alerta o capelão do Corpo de Bombeiros.

Para a OMS, o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos abordem a questão abertamente e de forma eficaz. “Aumentar a conscientização e quebrar o tabu é uma das chaves para alguns países progredirem na luta contra esse tipo de morte”, diz o relatório, que sugere ainda a restrição de acesso a meios utilizados para o suicídio, como armas de fogo, pesticidas e medicamentos, a redução do estigma e a coscientização, como estratégias de prevenção.

Serviço

As inscrições para o VII Seminário de Promoção à Vida e Prevenção ao Suicídio são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail: [email protected] . O evento acontece nesta terça e quarta-feira, dias 16 e 17 de setembro, das 19 às 22 horas, no LAC – Campus da UFMS, em Campo Grande.

Na abertura do seminário, terça-feira (16), o professor Luis Leão da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) ministra a palestra “O suicídio e o mundo do trabalho contemporâneo”, em seguida será abordado o tema “Mídia e suicídio: um tabu a ser quebrado”, pelo capelão Reis, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

Na quarta-feira (17) estão programadas duas conferências, a primeira “Estratégias para a promoção à vida”, com o professor Luis Leão e a segunda “Um novo paradigma: cultura de prevenção”, com o capelão Reis. O seminário é uma realização da UFMS, em parceria com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Faculdade de Medicina da UFMS, Projeto Labirinto, Humap e Fathel.

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