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Novo vírus pode causar paralisia temporária em crianças

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12/02/2016 16h32

Também pode provocar uma inflamação do cérebro e levar à morte crianças de zero a cinco anos de idade

Um novo tipo de vírus, o Gemycircularvirus, que causa paralisia temporária flácida nas pernas, também pode provocar uma inflamação do cérebro e levar à morte crianças de zero a cinco anos de idade.

De 2007 a 2009 foram coletadas 1500 amostras de fezes de crianças, de 0 a 10 anos com diarreia, atendidas em hospitais de Manaus. A partir da análise molecular desse material, em 2015, os pesquisadores encontraram, pela primeira vez no Brasil, o vírus do gênero Gemycircularvirus.

O vírus foi descoberto pela doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora da Fiocruz Amazônia, Patrícia Puccinelli Orlandi, e um pesquisador do Laboratório de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), Tung Gia Phan.

Saneamento básico

A pesquisadora explicou que, apesar de o vírus ter sido descoberto em Manaus, ele também pode ser encontrado em outras localidades que tenham problemas de saneamento básico. Segundo ela, o vírus é mais recorrente em crianças, mas já foi detectado em adultos que vivem em áreas com problema de saneamento básico, como na Nicarágua.

Patrícia Puccinelli alertou ainda que a doença começa com uma diarreia normal e pouco vômito, dentro de um período de mais ou menos cinco dias; depois, as crianças têm falta de locomoção, pois o vírus migra para o sistema nervoso.

Transmissão

A transmissão é de forma fecal/oral, através do consumo de água contaminada por fezes contaminadas com o vírus, ou na lavagem de um alimento, ou até no banho, mas não se sabe quantas partículas virais são necessárias para causar a diarreia.

Para a pesquisadora, um saneamento básico adequado diminuiria a transmissão em 80% de todas as doenças de veiculação pela água. Segundo Patrícia Puccinelli, desde que se trate cedo, há 100% de cura. O kit de diagnóstico rápido ainda está sendo desenvolvido, e haverá condições de utilizá-lo em, cerca de três anos.

Agência CNM, com informações da EBC

A transmissão é de forma fecal/oral. (Reprodução)

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