25/10/2016 11h08
Palocci, ex-presidente da Odebrecht e mais quatro são indiciados na 35ª fase da Lava Jato
Palocci está preso desde setembro na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba
A Polícia Federal indiciou nessa segunda-feira (24) o ex-ministro Antônio Palocci por corrupção passiva. A iniciativa faz parte da 35ª fase da Operação Lava Jato.
Palocci está preso desde setembro na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele é acusado de negociar propina de R$ 128 milhões junto à Odebrecht para o PT.
Também foram indiciados dois ex-assessores de Palocci, Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic; os publicitários João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura, além do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht.
O Relatório da PF indica também que o empresário Marcelo Odebrecht usava codinomes como “amigo” e “amigo de meu pai” para se referir ao ex-presidente Lula, e que as planilhas apreendidas revelam pagamentos no total de R$ 8 milhões, debitados da conta-corrente da propina que correspondia ao agente identificado como “amigo”.
A defesa de Lula afirmou, por meio de nota que os investigadores da Lava Jato não apresentam provas contra o ex-presidente e se baseiam em convicção e achismos para acusá-lo.
Procurado pela reportagem, o advogado de Palocci, José Roberto Batochio disse que o relatório da PF é uma obra-prima de ficção literária, totalmente imaginativo e divorciado dos fatos. Para ele, o documento não pode ser levado a sério, e a permanência de Palocci no cárcere representa uma espécie de tortura psicológica.
Radioagência Nacional