28/06/2016 08h00
Peritos afirmaram que o atraso no pagamento configura operação de crédito e não prestação de serviço, como alega a defesa
A perícia indicada pela Comissão do Impeachment do Senado concluiu que a presidenta afastada, Dilma Rousseff, agiu diretamente ao assinar três de quatro decretos de crédito suplementar. Mas, no caso do atraso de pagamentos a bancos públicos, as chamadas pedaladas fiscais, não foi apontada a participação de Dilma. Foi o que informou o perito João Henrique Pederiva.
Os repasses aos bancos, no valor de R$ 450 milhões, foram usados para pagar o Plano Safra no ano passado e são um dos motivos do pedido de impeachment.
Apesar de não indicar a ação de Dilma, os peritos afirmaram que o atraso no pagamento configura operação de crédito e não prestação de serviço, como alega a defesa. É o que explica Pederiva.
Já os três decretos de crédito suplementar foram considerados irregulares pela perícia porque não passaram pelo Congresso, como explicou o perito Diego Prandino Alves.
Para os técnicos, que são servidores de carreira do Senado, os decretos impactaram negativamente na meta fiscal.
A acusação e a defesa têm até esta terça-feira para solicitar esclarecimentos sobre a perícia.
Radioagência Nacional