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Cinema francês celebra intensidade humana em exibições gratuitas

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20/07/2016 22h54

A seleção de filmes representa de forma marcante o caráter heterogêneo da produção local

O cinema francês é novamente a atração no Museu da Imagem e do Som. De 25 a 29 de julho, sempre às 19h, serão exibidos filmes que retratam a pluralidade e a intensidade da sétima arte gaulesa. A mostra faz parte do projeto CineMIS e é uma parceria da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul com a Aliança Francesa de Campo Grande. A entrada é franca.

A seleção de filmes representa de forma marcante o caráter heterogêneo da produção local e também celebra o 14 de julho, a mais importante data cívica para os franceses (Queda da Bastilha, marco da Revolução Francesa). A curadoria é do jornalista Thiago Andrade e compõe um recorte que passa por relacionamentos, arte, conflitos sociais e políticos.

A cultura francesa é muito rica e de valor inestimável. A Mostra Cinema Francês apresenta um olhar contemporâneo sobre a produção cinematográfica que ajuda a compor estes valores reconhecidos mundialmente e atualiza os laços entre Brasil e França, dando ao público a oportunidade de conhecer produções audiovisuais de grande qualidade.

Todas as sessões são gratuitas e têm início às 19 horas. Serão exibidos em idioma original com legendas em português os filmes “O Capital”, de Constantin Costa-Gavras, “Minha vida, África”, de Claire Denis, “Masculino-Feminino”, de Jean-Luc Godard, “Polissia”, de Maïwenn e “A Comédia do Poder”, de Claude Chabrol.

Confira a programação:

Segunda-feira (25 de julho)

O Capital – Os cidadãos do século XXI são escravos do capitalismo; sofrem com os problemas e celebram os triunfos. Esta é a história da ascensão de um escravo do sistema que se transforma em mestre: o executivo Marc Tourneuil (Gad Elmaleh) se aventura no mundo feroz do capitalismo, tornando-se o CEO de um grande banco. Ele trava uma perigosa luta contra o conselho de diretores quando começa a ter controle unilateral do poder, demitindo muitos dos funcionários e fechando um acordo corrupto com um fundo de investimentos americano. Direção: Constantin Costa-Gavras (2012).

Minha vida, África – A francesa Maria Vial (Isabelle Huppert) dedicou a vida adulta a colher café em um país africano de colonização européia onde vive, mas, quando explode uma guerra civil, nada passa a valer menos do que os direitos que ela tinha sobre a fazenda Vial. No filme, a roteirista e diretora francesa Claire Denis volta a tratar da relação doente da França com suas ex-colônias, mas não em defesa de um suposto direito à propriedade, nem como denúncia da exploração. (2009).

Quarta-feira (27 de julho)

Masculino-Feminino – Paul (Jean-Pierre Léaud) é um jovem militante com um interesse amoroso numa cantora chamada Madeleine (Chantal Goya). O filme, feito dois anos antes das manifestações estudantis de Maio de 1968, explora diversos aspectos da juventude francesa dos anos 60, como a sexualidade, os posicionamentos políticos, o pensamentos, que evidenciam as transformações pelas quais a França passa. É um filme político que, ao mesmo tempo, mergulha na leveza de ser jovem. Como diz o diretor, é um filme proibido para menores de 18 anos, pois fala justamente deles. Direção de Jean-Luc Godard (1966).

Quinta-feira (28 de julho)

Polissia – História de uma divisão da polícia francesa especializada em crimes que envolvem menores. Entre agressões, situações de abandono, pedofilia e outras mazelas que assolam as famílias, esses policiais tentam equilibrar a sua vida pessoal com a barra pesada de sua profissão. Maïwenn, uma das promessas do cinema francês contemporâneo, aborda o cotidiano da equipe com um olhar quase documental, que expõe as dificuldades e a importância do trabalho que fazem. (2011).

Sexta-feira (29 de julho)

A Comédia do Poder – O filme aborda com sarcasmo e ironia um tema comum do cotidiano de muitos países: a corrupção. Isabelle Huppert interpreta uma procuradora de justiça implacável com os corruptos. Seu novo alvo é um empresário envolvido com golpes financeiros. Mas quanto mais se aperta o cerco, mais ela se enreda na complexa estrutura de poder que facilita as falcatruas. Ao mesmo tempo, sua dedicação ao trabalho, acaba por arruinar sua vida pessoal. Direção: Claude Chabrol (2006).

Serviço: A Mostra de Cinema Francês acontece de 25 a 29 de junho, às 19 horas, com entrada gratuita. O Museu da Imagem e do Som fica no Memorial da Cultura e Cidadania, na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3316-9178 ou pelo e-mail: [email protected].

Texto: Márcio Breda | Sectei/FCMS

Reprodução

Cena de “O Capital”, de Constantin Costa-Gavras (2012)

Cena de “Minha Vida África”, de Claire Denis (2009)

Cena de “Polissia”, de Maïwenn (2011).

Cena de “A Comédia do Poder”, de Claude Chabrol (2006)

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