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Quebra Torto com Letras inspira sabores e ‘alimenta’ a poesia no Fasp

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15/11/2016 11h18

Quebra Torto com Letras inspira sabores e ‘alimenta’ a poesia no Fasp, com público fiel

Quebra Torto com Letras continua sendo uma das atividades mais concorridas

Uma das grandes sacadas dos organizadores do Festival América do Sul, se tornando a marca de um evento internacional que busca a integração dos povos e celebrar a diversidade cultural dessa fronteira, o Quebra Torto com Letras continua sendo uma das atividades mais concorridas – e deliciosas. Pode-se, assim dizer, que o encontro de artistas, poetas, escritores e contadores de história com final de degustação da culinária pantaneira é a essência do festival.

“O Quebra Torto consegue reunir todo o clima dessa festa da nossa cultura”, sintetiza o secretário estadual de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Renato Roscoe, que voltou na manhã deste domingo ao Moinho Cultural para mais uma atividade do tradicional evento. “Aqui se exprime e se mostra poeticamente como é essa cultura local tão influenciada pelos navegantes desses rios pantaneiros e platinos”, acrescenta. “Uma poesia de alto nível para uma culinária também de alto nível”, completa.

Público fiel

Nome da primeira refeição do homem pantaneiro na sua lida do campo e nas extasiadas viagens no lombo do cavalo por vários para tocar as boiadas até as grandes invernadas do planalto, o quebra torto resume o que representa o festival, segundo o secretário. “O Fasp não é apenas música, ou teatro ou circuitos circenses, e o Quebra Torto com Letras é bem isso, atraindo um grande público em um domingo de manhã para ouvir poesia”, diz o secretário.

De fato, o evento é também sucesso de público – sempre foi em todas suas edições -, com a participação de grandes expressões da literatura brasileira e regional. Neste domingo, a estrutura montada no pátio do Moinho Cultural Sul Americano – escola que ensina música, balé e cidadania para crianças brasileiras e bolivianas -, atraiu centenas de jovens e adultos para discutir o tema “o reino das palavras: poesia em todas as pessoas”.

O respiro

Presentes os convidados Emmanuel Marinho, poeta e ator, considerado uma das referências culturais de Mato Grosso do Sul; o premiado jornalista e poeta Bruno Molinero (SP) e o poeta, letrista e escritor carioca Mauro Santana, com abertura em ritmo de samba com o Quarteto do Choro, formado por instrumentistas de Corumbá. Ao final, a plateia deliciou-se das iguarias pantaneiras – arroz carreteiro, macarrão com carne seca, doces caseiros, bolos, sopa paraguaia… -, preparadas pela culinarista Lídia Leite.

“O Quebra Torto com letas é a essência verdadeira desse festival, onde a gastronomia também se apresenta com sabores dessa mistura latina que é Mato Grosso do Sul”, observa a diretora do Moinho Cultural, Márcia Rolon, também coreógrafa e bailarina. “O Quebra Torto é o respiro, resume tudo que é festival, exceto o cinema, com a presença de poetas de grande expressão e um público sempre fiel.”

O que é

O isolamento da região e a escassez de alimentos durante a Guerra do Paraguai (1864-1870) contribuíram para surgir alguns pratos típicos no Pantanal, dentre os quais o quebra-torto, comida reforçada dos peões e hoje comum nas fazendas, servida geralmente entre 4h e 5h da manhã, e também é muito apreciado pelos urbanos e turistas que visitam a região. É um desjejum que também inclui peixe, miúdos, ovos, leite caipira.

Texto e fotos – Sílvio Andrade

fotos – Sílvio Andrade

ecretário Renato Roscoe aprecia as iguarias pantaneiras elaboradas pela culinarista Lídia Leite

Emmanuel Marinho participou do Quebra Torto com Letras neste domingo, no Moinho Cultural

Quebra Torto com Letras inspira sabores e ‘alimenta’ a poesia no Fasp

Mesa farta sendo preparada e, ao fundo, público e poetas brincam e se interagem com as letras

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