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Atleta e veterinária do Mato Grosso do Sul tornou público seu HIV

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16/12/2018 13h58

Em 2016, a veterinária e lutadora de muay thai Raiza Medeiros descobriu ser portadora do HIV. Ela morava em Três Lagoas, distante 330 quilômetros da capital sul-mato-grossense, e ao perceber os boatos sobre ela, na cidade de pouco mais de 96 mil habitantes, resolveu agir rápido. Raiza não pestanejou e tornou público nas redes sociais o resultado do seu exame positivo para o HIV e assim acabar com o preconceito e qualquer tabu que pudesse atrapalhar a vida da jovem, hoje com 29 anos de idade.

“Eu percebia que as pessoas comentavam sobre mim e aquilo me incomodava. E aí eu comecei a analisar por quê? Aí eu falei: ‘Quer saber, pra mim, diabetes, câncer, lúpus, HIV, ninguém quer ter. É uma alteração de saúde que deve ser tratada e cuidada como qualquer outra. Eu vou tornar isso público porque de repente assim eu possa ajudar outras pessoas que estão na mesma situação que eu.”

Além da testagem, o Governo Federal também financia 100% o tratamento para o HIV/Aids no Brasil. Desde 2013, os medicamentos antirretrovirais podem ser encontrados nas unidades de saúde independentemente da quantidade de vírus apresentada. Então, com a introdução do tratamento universal, até setembro de 2018, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento no país. A maioria, 87%, faz uso do dolutegravir, um dos melhores medicamentos do mundo, que está disponível gratuitamente no SUS. O medicamento aumenta em 42% a chance de diminuição da carga viral do HIV no sangue entre adultos. Além disso, a resposta virológica com o medicamento é mais rápida: no terceiro mês de uso, mais de 87% os usuários já apresentam diminuição da carga viral, segundo estudos realizados pelo Ministério da Saúde. Graças ao tratamento e à medicação correta, Raiza está com a carga viral indetectável e vive uma vida plena, trabalhando, saindo com os amigos e familiares, se divertindo e o mais importante, sendo uma mulher plena, mais forte que o vírus.

“Eu não sou o que me aconteceu. As coisas que me acontecem elas não me definem. Eu não sou a Raiza HIV, eu não sou a Raiza veterinária, eu sou a Raiza. Eu sou eu. Eu quero que as pessoas me olhem por aquilo que eu sou.”

Agência do Rádio Mais

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