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Dia Mundial do Alzheimer reforça a importância do tratamento à doença

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20/09/2017 18h15

Brasília (DF) – Paulo Roberto Carvalho, 86 anos, foi diagnosticado com Mal de Alzheimer há três anos, em Belo Horizonte, cidade onde vive, pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), unidade filiada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cujo Serviço de Geriatria atende cerca de mil pessoas por mês. “Ele toma remédios regularmente e vai a cada três meses ao HC-UFMG, para consultas e exames. O atendimento é muito bom, a equipe muito qualificada”, conta Inês Carvalho, irmã do paciente. Em 21 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Alzheimer.

A doença atinge, em geral, pessoas idosas. O primeiro sintoma, via de regra, é a perda progressiva e irreversível de memória, porém com relativa preservação da lembrança de episódios antigos. Em seguida, alcança a linguagem, quando o paciente passa a ter dificuldade para encontrar palavras, dar nome a objetos, podendo chegar à depressão e à agressividade. “Meu irmão ainda tem um pouco de independência, consegue fazer algumas coisas e lembra das pessoas à sua volta. Chegou a ficar um pouco agressivo, mas sua médica aumentou a dose de um dos remédios e ele melhorou”, enfatiza Inês.

Os remédios utilizados no tratamento, cuja maior parte é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), podem estabilizar temporariamente a progressão da doença, garantindo a manutenção das funções cerebrais por mais tempo e possibilitando maior qualidade de vida aos pacientes e cuidadores. “O tratamento se dá por meio de medicamentos específicos ou dirigidos para as alterações comportamentais e psicológicas”, explica João Coelho Filho, coordenador do Serviço de Geriatria do Centro de Atenção ao Idoso do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC), unidade da Rede Ebserh localizada em Fortaleza, que acompanha cerca de 1.600 pessoas com a doença.

Além dos medicamentos, é importante que o paciente se submeta a uma rotina de atividades físicas e cognitivas, como fisioterapia, musicoterapia, leitura, entre outras, de forma a evitar a atrofia muscular e manter a amplitude das articulações, bem como estimular a memória e a compreensão. O atendimento deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, farmacêutico, odontólogo, psicólogo, fisioterapia e enfermeira, como relata Marco Polo Freitas, chefe do Centro Multidisciplinar do Idoso do Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília (HUB-UnB), unidade hospitalar que também compõe a Rede Ebserh e que acompanha por volta de mil portadores da doença. “O paciente é acolhido pela equipe multiprofissional, que faz a Avaliação Multidisciplinar e elabora o Plano Terapêutico”, explica.

No Brasil, cerca de 900 mil pessoas são portadoras da doença, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas são acometidas pelo problema. O diagnóstico ocorre por meio de uma consulta médica, acompanhada de testes cognitivos, como recorda Iris Oliveira, filha de Vicência Oliveira, diagnosticada com Mal de Alzheimer há 11 meses, no HUWC-UFC. “Fizeram umas perguntas à minha mãe, pediram para ela fazer desenhos”, conta.

O aspecto clínico do diagnóstico é reforçado por Nezilour Rodrigues, geriatra do Ambulatório de Geriatria de Hospital Universitário João de Barros Barreto, do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (HUJBB-UFPA), localizado em Belém. “O diagnóstico baseia-se principalmente na história do paciente e testes de rastreio da função cognitiva, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde”, explica a médica da unidade filiada à Ebserh que atende, por mês, cerca de 150 portadores de Alzheimer.

O paciente também deve fazer outros exames, como enfatiza Marco Tulio Gualberto, geriatra do Serviço de Geriatria do HC-UFMG. “Nem todo esquecimento é Alzheimer. Existem muitas doenças que se assemelham, por isso são solicitados exames laboratoriais para se excluir outras doenças” explica.

Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh

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