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Fumaça de queimadas da Amazônia pode causar câncer de pulmão, revelam pesquisa

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20/01/2018 20h31

As partículas carregadas de toxinas, liberadas durante queimadas na Amazônia, se inaladas involuntariamente por longo período, podem causar estresse oxidativo das células e danos genéticos irreversíveis, resultando até mesmo em câncer de pulmão.

A descoberta é resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal de Rondônia, UFRO.

A equipe, liderada pela bióloga Nilmara de Oliveira Alves, da USP, coletou amostras de fumaça em Porto Velho, em Rondônia, uma das áreas mais afetadas em função das queimadas na região amazônica.

Para entender como se dá a contaminação, os pesquisadores expuseram, em laboratório, linhagem de células pulmonares a partículas carregadas de toxinas, em concentração semelhante às encontradas nas queimadas da Amazônia.

No material, que passou por análise com técnicas bioquímicas avançadas, foi identificado danos no DNA.

A pesquisadora Sandra (Réicon) Hacon da Escola Nacional de Saúde Pública, que coordena o projeto denominado Rede Clima, explica as conclusões do trabalho:

Hacon disse ainda quais medidas podem ser adotadas pelas autoridades ambientais e de saúde para evitar o agravamento de doenças respiratórias na população exposta a fumaça das queimadas.

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, indicam que em 2017 ocorreram mais de 275 mil focos de incêndio em todo o território nacional, sendo mais de 132 mil em Estados da Amazônia.

EBC – Radioagência Nacional

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