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Campo Grande

Novas perspectivas com estruturação de serviços e Clínica da Família

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28/12/2017 10h11

O serviço de saúde pública de Campo Grande passou por mudanças significativas ao longo deste ano. Entre as mais emblemáticas destaca-se a reestruturação do serviço da Atenção Básica o que, consequentemente, traz novas perspectivas para 2018, principalmente quanto à assistência por meio da implementação da Clínica da Família.

Há pelo menos 16 anos, as equipes de Atenção Básica de Campo Grande focaram seus esforços em fornecer atendimentos para programas de saúde específicos e para uma população limitada, através de agendamento de consultas programadas. Por meio da reestruturação feita este ano, ao menos 10 unidades já mudaram este modelo de atendimento facilitando o acesso à população aos serviços.

O secretário de Saúde Marcelo Vilela explica que, embora isso não seja uma forma errada de organizar o serviço, a população que não se enquadrava dentro destes programas ou que possuíam um problema agudo (como febre, dor de cabeça, vômito, cólica) tinham muita dificuldade de conseguir atendimento no dia, optando por buscar o mesmo nas unidades de urgência.

“O resultado é um aumento da procura e da demora nas unidades de urgência, ou seja, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centro Regionais de Saúde (CRSs)”, ressalta

Para mudar essa concepção histórica, a Coordenadoria da Rede de Atenção Básica concentrou esforços em estabelecer dentro de todas as unidades de saúde o Acolhimento com Classificação de Risco e Atendimento a Casos Agudos.

A instituição de tal ferramenta é considerada o primeiro passo para a implementação das chamadas Clínicas da Família, que devem funcionar em horário diferenciado e atender as demandas espontâneas.

“Esse ano nós trabalhamos a reestruturação da Atenção Básica, para garantir que a partir de janeiro próximo nós possamos viabilizar em definitivo o inicio da implantação da Clínica da Família. Além do atendimento de portas abertas, ou seja, sem a necessidade de agendamento para determinados tipos de atendimento, a Clínica da Família também vai propiciar que o cidadão que eventualmente não consiga comparecer nas unidades básicas em horário comercial possa ter acesso também ao atendimento”, pondera.

Medicamentos garantidos

Outro fator determinante é o planejamento feito ao longo do ano para evitar o desabastecimento de medicamentos e insumos, a exemplo do que ocorreu no inicio deste ano.

“Nós pegamos o estoque com menos de 20% de medicamentos disponíveis e isso, de certa forma, provocou um colapso na assistência porque além do baixo estoque e da demanda reprimida, foi nos deixado mais de R$ 20 milhões em dividas. Este ano, através de um planejamento e de reordenamento elencando prioridades, nós iremos fechar com cerca de 80% do estoque abastecido e iniciaremos o ano em uma situação bem mais confortável do que 2017”, comentou o secretário Marcelo Vilela.

Balanço

Em 2017, durante o primeiro ano de gestão, a Prefeitura de Campo Grande, através da Sesau, inaugurou duas novas unidades de saúde: UBSF Sírio Libanês e Vila Cox, ampliando à assistência e desafogando o atendimento nas demais unidades. Somente nestas duas obras foram investidos cerca de R$ 3 milhões.

Além de terem as obras concluídas, essas duas unidades e mais a UBSF Ana Maria do Couto, ganharam novas academias Academias da Terceira Idade (ATIs).

Foi inaugurada ainda a primeira Sala de Vacinação exclusiva para Grupos de Risco -Profilaxia Pré-Exposicional Antirrábica do País.
Novo prédio do Labcen.

O Laboratório Municipal Central (Labcen) ganhou uma nova sede na Vila Rica, mais moderno e adequado para contemplar os diversos serviços prestados para a população, garantindo melhores condições de trabalho para os servidores. Com a mudança, a expectativa é aumentar a capacidade de atendimento à população na realização de exames laboratoriais, além de diminuir o tempo de espera para atendimento e dos resultados dos exames.

Atendimento pré-hospitalar

O SAMU ganhou seis novas viaturas, sendo 3 ambulâncias, 1 Veículo de Intervenção Rápida (VIR) e duas motolâncias e uma nova Central de Regulação, garantindo maior agilidade e eficiência no atendimento prestado à população, aumentando assim em ao menos 40% o tempo resposta. Até então, o serviço utilizava um sistema operacional informatizado obsoleto, que não permitia atualizações para novas versões e não possuía assistência técnica.

Atendimento Psicossocial

O atendimento aos pacientes de saúde mental em Campo Grande também foi ampliado em 2017, com habilitação do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Vila Almeida e a Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) -Pro dia nascer feliz- junto ao Ministério da Saúde e inauguração do 1 Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPS IJ) 24horas especializado no atendimento de crianças e adolescentes do Centro- Oeste.

Ações de combate ao Aedes

Através das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti desenvolvidas e executadas pela Sesau, por meio da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), foi possível reduzir em mais de 95% os casos notificados de Dengue, Zika e Chikungunya.

Cidade Limpa

Uma das estratégias utilizadas pela CCEV no ano de 2017 foi a ação “Cidade Limpa”, desencadeada no bairro Noroeste, região Norte do município, que segundo apontamentos do último LIRAa é a região com maior infestação do mosquito (7% de infestação predial).

A ação contou com a participação de várias parcerias, além dos representantes da SESAU tais como: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, Defensoria Pública, Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Coordenadoria de Vigilância Ambiental.

CG Notícias

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