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Pessoa com HIV alerta sobre preconceito sofrido pela doença

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15/12/2018 11h49

Você sabia que pessoas com o vírus HIV podem não apresentar sintoma? Pois é, esse é um dos perigos da doença. Muitas vezes os pacientes só descobrem que estão com o vírus quando já estão doentes. Por isso, é importante fazer regularmente exames de checagem. Quanto antes for o diagnóstico, menor a probabilidade da doença se desenvolver. Esse foi o caso de Paulo, nome fictício do analista financeiro, de 27 anos, morador de Goiânia, que prefere não se identificar por medo do preconceito. Ele conta que descobriu que estava com o vírus há dois anos, quando fez um exame pré-operatório para uma cirurgia bariátrica. Por sorte, a doença ainda estava no estágio inicial e não chegou a desenvolver a Aids, que é a etapa quando o sistema imunológico já está frágil; e o nível de anticorpos, muito baixo. Mas, para o analista financeiro, um dos maiores obstáculos da doença é vencer o preconceito, que ainda há em relação à Aids.

“Antes de ser diagnosticado, eu realmente nunca fui uma pessoa com preconceito, mas todo mundo tem um preconceitozinho lá dentro de você. Mas, depois que eu recebi o diagnóstico, infelizmente acabou rolando em uma das empresas que eu trabalhava. Uma pessoa que se dizia ser meu amigo foi lá e contou pra todo mundo. Eu sofri um preconceito muito grande, mas eu tive que manter os pés no chão e me manter firme pra poder passar por cima.”

Neste mês de dezembro o Brasil e o mundo celebram 30 anos do combate à doença. Mas, infelizmente, muito ainda deve ser feito para vencê-la. Não só em relação ao tratamento, mas também à conscientização. Um portador do HIV, que faz o corretamente o tratamento oferecido gratuitamente na rede pública, pode viver uma vida normal e com poucas chances de transmitir o vírus. O próprio Paulo é um bom exemplo. Casado há quase dois anos, seu companheiro não possui HIV. A lição dessa história é que devemos manter nossa saúde em dia. Se não fossem os exames para a cirurgia que Paulo fez, ele não saberia que era portador do vírus e, sem as devidas precauções, poderia acabar transmitindo a alguém. A coordenadora de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Goiás, Milca de Freitas, reforça a necessidade de exames periódicos.

“Importância da busca pela checagem, né? Se a pessoa teve uma exposição de risco, se ela teve um relacionamento sem uso de proteção, deve procurar uma unidade de saúde e fazer o teste. Porque, quanto mais precocemente ela fizer o teste, a gente sabe que mais oportunamente vai começar o tratamento e mais sucesso esse tratamento vai ter.”

Fique atento, faça os testes. Procure o posto de saúde mais próximo para fazer os exames. Além de gratuito, é rápido e o resultado sai logo em seguida. Essa é uma luta de todos os brasileiros. Use camisinha, conheça as outras formas de prevenção combinada, disponíveis no SUS, e proteja-se. Trinta anos de luta contra a Aids.

Agência do Rádio Mais

Pixabay

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