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Campo Grande

Verão requer cuidados redobrados para evitar proliferação do Aedes aegypti

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21/12/2018 11h44

Nesta sexta-feira (21) tem início o verão no hemisfério sul. A estação mais quente ano também é marcada pelas precipitações moderadas de chuvas o que, consequentemente, torna o clima favorável à proliferação do Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e ckikungunya. Por isso, é preciso que os cuidados sejam redobrados.

Segundo o coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Eliasze Luizo Guimarães, a combinação de chuva e sol, associada ao descarte irregular de materiais inservíveis acumuladores de água potencializam a proliferação do mosquito.

“Essa época do ano é propicia para o aumento de infestação do Aedes. Diante disso, é preciso que a população esteja atenta e faça a sua parte. Evite deixar objetos acumulados de água jogados no quintal, faça uma vistoria periódica nas calhas e ralos e até mesmo nos lugares menos improveis como bacia de retenção da geladeira e na churrasqueira. Tomando esses cuidados com certeza nós vamos evitar o aumento no número de casos das doenças causadas pelo mosquito”, diz.

O coordenador reforça que tais medidas se tornam necessária uma vez que comprovadamente a maioria dos focos do Aedes ainda são encontrados dentro das residências.

“Hoje os levantamentos nos mostram que 80% dos focos estão nas casas. Por isso é extremamente importante a conscientização de todos, portanto não adianta somente o Poder Público fazer a sua parte”, enfatiza.

Conforme o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LiRaa) divulgado em novembro, 27 áreas do município encontram-se em estado de risco apresentando índices de infestação superior a 3,9%.

A área mais crítica é da UBSF Paradiso que abrange os bairros Monte Castelo, Seminário e Vila Nossa Senhora das Graças, com Índice de Infestação Predial (IPP) de 9%. Em maio, o IPP da área era menor que 2%, o que representa um aumento de mais de 6%.

As áreas das UBSFs Jardim Azaleia e Alves Pereira apresentam índice de 8.1%, seguidas da UBS Mata do Jacinto e UBSF Vila Fernanda com 6.7%, UBSs Universitário e Caiçara com 6.6%.

Do início de janeiro ao dia 18 de dezembro deste ano foram notificados 2.152 casos de dengue no município de Campo Grande, sendo 1.036 confirmados. No mesmo período foram confirmados seis casos de zika e 71 de chikungunya. Não houve nenhum óbito registrado em Campo Grande este ano.

Estratégias

A primeira medida da gestão foi intensificar as ações de educação em saúde, com o lançamento da campanha “Operação Mosquito Zero: É matar ou morrer”, em março do ano passado.

A iniciativa que surgiu de uma parceria da prefeitura com a Câmara Municipal de Campo Grande e a Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul (CASSEMS), teve por objetivo reforçar a mobilização social para a prevenção, que é uma das principais ações na diminuição dos focos do Aedes aegypti, contribuindo assim para a redução no número de casos não só da dengue, mas também da zika e chikungunya.

Cidade Limpa

Ainda em 2017, a SESAU desenvolveu o projeto “Cidade Limpa”, para recolhimento de resíduos de grande volume. Uma iniciativa inédita com parceria das secretarias de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).

Mais de 30 toneladas de lixo foram recolhidas nas duas edições do projeto nos bairros Jardim Noroeste, Cidade Morena e Nova Capital e recentemente no Jardim Botafogo, regiões com maiores índices de infestação do mosquito Aedes Aegypti.

Fumacê

fumacêDiariamente, três equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) realizam a borrifação de inseticida a Ultra Baixo Volume Pesado (UBV) – popularmente conhecido como fumacê – nas sete regiões urbanas de Campo Grande, como complemento ao trabalho realizado pelos agentes de campo.

A orientação à população é para abrir portas e janelas quando o veículo passar pela rua. Assim, as gotículas do inseticida chegarão até o interior da residência, onde normalmente o Aedes aegypti se abriga.

A aplicação do inseticida visa atingir, principalmente, as fêmeas do mosquito causador das doenças, mas é possível que outras espécies de insetos sejam atingidas e, por isso, a utilização deste método de aplicação deve ocorrer de forma criteriosa

CG Notícias

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