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Com Letícia Sabatella, releitura de tragédias gregas estreia no Teatro

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28/11/2015 00h37

Com Letícia Sabatella, releitura de tragédias gregas estreia no Teatro Aracy Balabanian

Ingressos poderão ser adquiridos no Centro Cultural José Octávio Guizzo que fica na rua 26 de Agosto, 453 – centro

Construída a partir da releitura de três tragédias gregas – Antígona, Medeia e Electra – a peça Trágica.3 será apresentada nos dias 27 e 28 de novembro (sexta e sábado), às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo, como parte do Programa Petrobras Distribuidora De Cultura 2015/2016. O espetáculo tem o apoio da Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), classificação de 14 anos e duração aproximada de 75 minutos.

Com direção e concepção de Guilherme Leme Garcia, a montagem estabelece um diálogo entre o teatro, as artes plásticas e a música contemporânea. No palco, Denise Del Vecchio interpreta Medeia, Letícia Sabatella assume o papel de Antígona e Miwa Yanagizawa dá vida a Electra. Fernando Alves Pinto e Marcello H integram o elenco como Hêmon e Orestes, respectivamente, e executam a trilha original ao vivo criada por ele em parceria com Sabatella. Os figurinos são assinados pela estilista Glória Coelho.

Para compor a trilogia, Guilherme Leme Garcia escolheu Medeamaterial. O texto do dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995) foi escrito a partir de Medeia, tragédia de Eurípedes. O diretor encenou essa peça como ator ao lado da atriz Vera Holtz, na década de 90. Para outros dois textos, o diretor convidou novos autores contemporâneos brasileiros com o intuito de construir um recorte poético a partir de dois clássicos de Sófocles.

A releitura de Antígona foi feita por Caio de Andrade e Electra foi revisitada por Francisco Carlos. “Eles escreveram dois lindos poemas sobre duas heroínas gregas”, diz o diretor. Tendo como inspiração a obra do artista plástico e iluminador americano James Turrel, a encenação deAntígona reúne movimentos ligados às artes performáticas e aos diversos tipos de cânticos e lamentos musicais.

O processo de construção de Trágica.3 teve início em 2010, quando Guilherme Leme Garcia criou e dirigiu o elogiado RockAntygona,uma adaptação livre de Caio Andrade para Antígona, de Sófocles (vencedor do Prêmio Shell na categoria Iluminação e eleito pela revista Bravo como um dos melhores espetáculos em cartaz no ano de 2010). Trágica.3 estreou 2014, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo. Depois fez temporadas nas unidades do CCBB do Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Em setembro deste ano, o espetáculo abriu o Beijing Fringe Festival, na China, fruto de uma parceria com o Festival Cena Brasil Internacional.

MEDEIA – Foi a partir de Medeia, tragédia de Eurípedes, que o dramaturgo alemão escreveu Medeamaterial. Em Trágica.3, o foco foi direcionado exclusivamente à personagem Medeia, cuja tônica é a traição da heroína a seu povo e ao seu sangue. Apaixonada por Jasão, Medeia o ajuda a conquistar o Velocino de Ouro. Juntos, eles fogem da cidade de Cólquida para Corinto. Para garantir sua fuga, Medeia mata o irmão e joga seus pedaços ao mar. Em Corinto, Jasão se casa com Gláucia, filha do rei Creonte. Cega de dor e de ódio, Medeia decide se vingar de Jasão matando Gláucia e depois os próprios filhos.

ANTÍGONA – Baseado no clássico de Sófocles, Caio de Andrade sintetizou com olhar contemporâneo o comportamento humano frente ao poder e à intolerância. Após a morte de Édipo em Colono, Antígona, sua filha, retorna para Tebas – onde seus irmãos Etéocles e Polinices disputam a sucessão do pai no trono. Os dois chegam a um acordo de se revezar por períodos de um ano no poder. Após o primeiro ano, Etéocles não cede o lugar ao irmão, que se retira da cidade e prepara uma vingança. Na luta pelo trono de Tebas, os dois se matam mutuamente. Creonte, tio de Antígona, assume o poder e proíbe o sepultamento de Polinices e ainda ordena um funeral de herói a Etéocles. Indignada com a ordem, Antígona decide que não deixará o irmão Polineces sem as honras fúnebres. Ela o enterra com as próprias mãos, mas é descoberta pelos soldados. Como punição, Creonte manda enterrar Antígona viva. Hêmon, filho do rei e noivo de Antígona, tenta salvá-la. Ele não consegue e comete suicídio.

ELECTRA – Filha de Agamêmnon, rei de Argos, e da rainha Clitemnestra, Electra é irmã de Ifigênia e Orestes. Clitemnestra nunca perdoou o marido por ter sacrificado a filha Ifigênia para apaziguar a deusa Ártemis e permitir que as tropas gregas pudessem navegar até Tróia. Depois de passar dez anos defendendo a Grécia em guerras longe de casa, Agamêmnon retorna e é morto por Clitemnestra e seu amante Egisto. Electra não se conforma e com a ajuda do irmão Orestes planeja a morte da mãe e o amante para vingar a morte do pai.

FICHA TÉCNICA – Textos: Medeia (Heiner Müller), Antígona (Caio de Andrade), Electra (Francisco Carlos); Elenco: Denise Del Vecchio, Letícia Sabatella, Miwa Yanagizawa, Fernando Alves Pinto e Marcello H;Concepção e Direção: Guilherme Leme Garcia; Cenografia: Aurora dos Campos; Iluminação: Tomás Ribas; Figurino: Glória Coelho; Trilha Sonora Original: Fernando Alves Pinto, Leticia Sabatella e Marcello H; Visagismo: Leopoldo Pacheco; Programação Visual e Fotos: Victor Hugo Cecatto; Direção de Produção: Sérgio Saboya.

Serviço – Ingressos poderão ser adquiridos no Centro Cultural José Octávio Guizzo que fica na rua 26 de Agosto, 453 – centro, de quinta-feira à sábado das 14h às 20h no valor de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) que é valida para crianças até 12 anos, estudantes, professores, doadores de sangue e idosos (acima de 60 anos), com a apresentação de seu respectivo comprovante. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795.

Com Letícia Sabatella, releitura de tragédias gregas estreia no Teatro

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