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Guitarra de uma tonelada marca concerto da Nação Zumbi

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30/07/2016 19h28

O que ecoou mais forte na Praça da Liberdade foi a guitarra de 1 tonelada de Lúcio Maia

As alfaias e a percussão característica da Nação Zumbi estavam lá, mas o que ecoou mais forte na Praça da Liberdade foi a guitarra de 1 tonelada de Lúcio Maia. Na apresentação do grupo pernambucano de sexta (29.07) no “Festival de Inverno de Bonito” (FIB) o guitarrista provou porque é considerado uma referência em seu instrumento no país. Com o volume no 10 e um visual praiano, Lúcio Maia “soltou a mão” em sua Fender Stratocaster e deu uma aula de como um guitarrista deve se movimentar no palco.

Além disso, provou ser um conhecedor dos efeitos e das distorções para imprimir uma textura sonora herdada de Jimi Hendrix. O público chegou ao final do concerto com os ouvidos em brasa e Lúcio Maia jogou várias garrafas de água para quem estava no gargarejo do palco. A gentileza foi bem vinda já que a plateia dançou muito e cantou em coro hits como “Maracatu Atômico” e “A Praieira”.

Lúcio Maia, no entanto, encontra nos parceiros Alexandre Dengue (baixo e backing vocals), Pupillo (bateria e percussão), Toca Ogan (percussão e voz), Gustavo Da Lua (alfaia) e Tom Rocha (alfaia) a base perfeita para sua guitarra. Jorge Du Peixe também é decisivo para imprimir a “marca Nação Zumbi” com sua voz serena e contida, mas marcante e segura. No repertório do show, a banda reuniu sucessos de vários discos e reforçou que a opção por um trabalho autoral tem suas compensações, embora não seja o caminho mais fácil.

No camarim antes da apresentação, Jorge Du Peixe e Pupillo reforçaram que têm orgulho em manter a Nação Zumbi no caminho que o comandante Chico Science idealizou antes de seu desaparecimento trágico. “Mantemos nossa independência e temos o controle total de nossa obra. Isso é também uma postura política que persistimos em ter”, afirmou Jorge Du Peixe. “Esta é a primeira vez que viemos a Bonito. Hoje em dia já existem outros festivais no país que misturam várias artes além da música, mas com certeza o de Bonito é pioneiro no Brasil”, avaliou o baixista. Jorge ressaltou que por mais longe que a banda vá, sempre encontra um séquito de fãs e admiradores. Em Bonito não foi diferente!

Assessoria de Imprensa / Rodrigo Teixeira

Foto: Elis Regina

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