28.8 C
Campo Grande

Igrejinha diz que vai à Justiça para reverter apuração do carnaval

- Publicidade -

12/02/2016 06h30

Dois pontos a menos foram cruciais na disputa

Insatisfeitos com a perda de pontos, integrantes do Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S) Igrejinha se mobilizam para alterar o resultado da apuração do carnaval 2016 em Campo Grande. Dois pontos a menos foram cruciais na disputa e, por conta disso, integrantes dizem que vão à Justiça, ontem (11), com a intenção de garantir uma possível recontagem da comissão de apuração.

No dia do desfile, de acordo com a presidente da escola, Marisa Fontoura Ocampos, havia 16 alas e todas elas com uma média de mais de 20 integrantes. De acordo com o regulamento, este é o número mínimo de pessoas em cada ala, algo que a Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande (Lienca) ressalta estar em falta em duas das alas da Igrejinha.

“Estamos fazendo consultas com advogados e, se for o caso, vamos acionar a Justiça. Entendemos que por conta de uma desorganização a escola foi prejudicada. Algo semelhante também aconteceu com a escola Deixa Falar, o que nos leva a crer que as pessoas contratadas para fazer a contagem são leigas no assunto e isso gera falta de credibilidade”, comentou a presidente.

Sem a punição, conforme Fontoura, a escola seria a campeã do carnaval. “Com os dois pontos a mais ganharíamos por quatro décimos. Ou seja, na avaliação do júri nós ganhamos. Se não houvesse essa punição, teríamos ganhado esta disputa. Agora, enquanto a liga não for uma entidade de credibilidade, a Igrejinha não irá mais participar do carnaval em Campo Grande”, garantiu.

Falta de confiança

Na ocasião, a presidente comenta que a escola foi ovacionada pelo público e contou com a participação de cerca de 800 pessoas. “Vou conversar pessoalmente com o prefeito e o governador, explicando os motivos e da falta de confiança que temos no atual presidente. Nós elegemos uma pessoa para fazer a contagem das alas e eles não procuraram esta pessoa, mas sim eu que atuo como presidente. Houve uma desorganização total”, lamentou a presidente.

Durante a apuração, ela confessa que ficou nervosa e chegou a rasgar papéis. “Aquele era um papel sem assinaturas e que não continha os nomes das ligas. Sei que a organização está nos prejudicando porque houve a contagem e a pessoa não colocou na planilha, o que mais uma vez nos leva a crer que eram pessoas leigas no assunto”, falou ao G1 Marisa.

Mestre de bateria e atuante na escola há 16 anos, Nayara Thomaz, fala que houve má-fé na apuração. “Queremos, acima de tudo, buscar a verdade. O que foi dito pela Lienca é incoerente. Eles fizeram uma segunda contagem das alas, independente e isso prejudicou a escola. O problema não é a derrota, pois sabemos ser uma disputa”, afirmou.

Outro lado

Já o presidente da Lienca, Eduardo de Souza Neto, explicou que sabe da insatisfação da Igrejinha. “Sabemos desta informação, mas já homologamos a apuração e amanhã ocorrerá a noite de premiação. Mesmo com a atitude da presidente, vamos pegar a planilha, fazer uma cópia e entregar o resultado”, ressaltou.

De acordo com Souza Neto, a presidente acompanhou a contagem e inclusive assinou um documento na qual concordava com o regulamento. “A presidente da Igrejinha acompanhou a recontagem e quis contestar. Ela retificou os números, mas não os colocou na planilha. As normas dizem que não deve haver interferência judicial e todos concordaram, em outubro de 2015”, explicou ao G1 Eduardo.

Independente do impasse, o presidente afirmou que realizará a entrega de medalhas, troféu e premiação em espécie, cujo valor ainda não foi definido. O evento ocorre nesta sexta-feira (12), na praça do Rádio Clube, a partir das 19h30 (de MS).

Do G1 MS

(Reprodução)

Leia também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade-