27/09/2017 13h13
Estudo divulgado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), em colaboração com a University of Surrey, na Inglaterra, da North Carolina State University, dos Estados Unidos, e das Universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em 2016 demonstrou que a poluição do ar pode ser melhor controlada a partir da atenção a fontes poluentes que normalmente são subestimadas, como é o caso da lenha queimada em fornos para pizza.
Segundo a pesquisa, que teve como foco o Estado de São Paulo, por conta da grande concentração populacional e consequentemente de fatores poluentes, a quantidade média de lenha usada pelas pizzarias na capital paulista é de 48 toneladas por ano, o que corresponde a um total de 7,5 hectares de floresta de eucalipto queimados por mês. No total, mais de 307 mil toneladas de madeira incineradas por ano são responsáveis pela emissão de cerca de 321 quilos por dia de material particulado para a atmosfera. Isso causa grande impacto na saúde da população e na qualidade do ar.
Diante dos impactos de outras fontes poluentes, como a fumaça de veículos, por exemplo, parece pouco. No entanto, por essas emissões não estarem quantificadas adequadamente justo pelo seu porte reduzido, não costumam ser consideradas nos inventários de emissões de poluentes.
Esse tipo de impacto tem recebido atenção em outros lugares do mundo. Na cidade indiana de Nova Déli, os restaurantes da cidade que atendem mais de 10 pessoas sentadas tiveram obrigatoriamente que substituir a queima de carvão por fornos elétricos ou a gás, segundo informações da Agência Fapesp.
E como fica a pizza de cada dia?
Com a comprovação de que a lenha queimada causa tamanho prejuízo à atmosfera, há um movimento natural de migração dos restaurantes que antes utilizavam forno a lenha para outras alternativas, como o forno de pizza a gás e o forno elétrico.
Assessoria de Imprensa
